segunda-feira, 31 de março de 2008

Vitor Gouveia - Duplo Campeão Nacional de Pares assina pela ADC Ponta do Pargo

Vítor Gouveia, duplo campeão Nacional acaba de assinar pela ADC Ponta do Pargo para a próxima época desportiva.
Recorde-se que Vítor Gouveia iniciou-se na modalidade na ACM Madeira, jogou na 1.ª Divisão no 1º de Maio e está época estava a representar o São João da Ribeira Brava.
Com esta contratação a ADC Ponta do Pargo consegue um reforço muito importante para a próxima época.
A equipa será composta ainda pelo chinês Wu Gang, Duarte Fernandes e pelos irmão Nelson e Pedro Fernandes.
Este plantel reflecte a vontade do Clube e do IDRAM em apostar mais nos jogadores da Madeira, tanto nos Masculinos como nos Femininos.
Acrescente-se que já foi manifestada a vontade e garantido o apoio pelos patrocinadores mais próximos do Clube para esta equipa Masculina participar na prova máxima da Federação Europeia de Ténis de Mesa - ETTU.
Adiante-se também que é vontade firme dos dirigentes da colectividade do Concelho da Calheta continuar na próxima época com a Equipa B no Campeonato Nacional. Para isso já foi delineada uma estratégia que passa pela angariação de apoios direccionados para este projecto específico.
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2008/03/29

CAMPEONATO NACIONAL DE PARES SENIORES
Os três títulos de campeão para a Região Autónoma da Madeira

Numa organização da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, com a colaboração da Associação de Ténis de Mesa de Lisboa, realizou-se hoje (Sábado), no Pavilhão Engº Ministro dos Santos, o Campeonato Nacional Pares (Masculinos, Femininos e Mistos) no escalão de Seniores.
Os três títulos que estavam em disputa foram conquistados por duplas representantes de clubes da Região Autónoma da Madeira, através de atletas da A.C.D. São João e C.D. São Roque. Saliência ainda para o facto de terem vindo ainda para a nossa região mais três lugares no pódio (dois segundos lugares e um terceiro).
As classificações finais nos três primeiros lugares (com os pares madeirenses indicados a negrito) foram os seguintes:

PARES SENIORES MASCULINOS

1º - Énio Mendes/Vítor Gouveia - CD São Roque/ACD São João
2º - Nuno Henriques/Artur Silva - C.D. 1º de Maio
3os – André Silva/Pedro Rufino - A.R. Novelense
Ricardo Oliveira/Francisco Santos - Sporting C.P.
11º - Joni Faria/Mário P. Pereira - C.S.D. Câmara de Lobos

Na Final, a dupla Énio Mendes/Vítor Gouveia venceu frente ao par Nuno Henriques/Artur Silva por 3-1 (11-7, 2-11, 12-10 e 14-12).


PARES MISTOS SENIORES

1º - Vítor Gouveia/Paula Gonçalves - A.C.D. São João
2º - Énio Mendes/Ana Cristina Neves - CD São Roque/ACD São João
3os – Nuno Henriques/Ana Lúcia Silva - CD 1º de Maio/CD Garachico
Nuno Vieira/Nádia Medeiros - G.D.S.R. Toledos
5º - Mário P. Pereira/Patrícia Abreu - C.S.D. Cª Lobos/C.D. São Roque

Na Final, a dupla Vítor Gouveia/Paula Gonçalves venceu frente ao par Énio Mendes/Ana Cristina Neves por 3-2 (11-9, 10-12, 11-8, 6-11 e 11-9).

sexta-feira, 28 de março de 2008

Eu tenho um blogue de elite!

Por indicação do blogue os tormentos do linho, este blogue foi mais uma vez distinguido com um "prémio" da blogosfera, desta vez "Eu tenho um blogue de elite". Agradeço a distinção, até porque não é todos os dias que um blogue recebe prémios. Incumbe-me agora indicar cinco blogues para receberem idêntica distinção, porém só os de Elite. Vamos então a isso. Os blogues que nomeio, sem qualquer ordem de preferência, são:-


- Diário da Calheta




Os premiados devem:
a) publicar um post indicando quem lhes indicou para o prémio mostrando a tag do prémio e as regras;
b) indicar outros cinco blogues para receberem o prémio;
c) exibir o tag do prémio no seu blogue.
Obrigado pela atribuição!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ponta do Pargo prepara disputa pelo título nacional

Pela terceira vez na final do Campeonato Nacional da I Divisão Feminina, em Ténis de Mesa, a Associação Desportiva da Ponta do Pargo arranca para o confronto com o Mirandela com esperanças de alcançar um brilharete que, no caso, significaria a conquista do título de campeã nacional.

Vencedor em 2004 e segundo classificado em 2005, o clube liderado por Gilberto Garrido recebe o Mirandela, na 1.ª mão, numa partida a ter lugar a partir das 15h00 do próximo dia 12 de Abril, no Ginásio do Centro Cívico da Ponta do Pargo, com a 2.ª mão aprazada para o dia 19, em Mirandela.

Caso haja necessidade de recurso à "negra", esta terá lugar logo no dia 20, de novo no reduto das actuais campeãs nacionais.

FONTE: JM

PAULO GONZO NA PONTA DO PARGO

terça-feira, 25 de março de 2008

ROSTOS NO TEMPO - O FILME

FILMES QUE SERÃO PROJECTADOS NA PONTA DO PARGO

O Inatel Madeira irá projectar na Casa do Povo da Ponta do Pargo, no dia 19 de Abril de 2008 pelas 17h00 o filme "Um Homem à parte" de F. Gary Gray.

SINOPSE

Quando lhe tiraram a mulher amada... tiraram-lhe a vida. Agora, ele está pronto a recuperá-la. Vin Diesel (XXX – Missão Radical e Velocidade Furiosa) tem um desempenho explosivo no papel do volátil agente da DEA Sean Vetter, antigo membro de um gang de Los Angeles cujo conhecimento da vida nas ruas o tornou no perfeito agente de narcóticos infiltrado. Juntamente com o seu parceiro Demetrius Hicks (Larenz Tate, Biker Boyz), Vetter consegue prender o maior barão da droga mexicano. Um outro traficante impiedoso chamado Diablo consegue assumir o controlo do império da cocaína. Para assinalar a sua chegada, ordena um ataque a Vetter. Apesar de o agente conseguir escapar com vida, a sua bela mulher (Jacqueline Obradors, A Balada de Nova Iorque) é morta no fogo cruzado. Jurando vingança, Vetter faz um acordo para conseguir obter informações sobre Diablo e dispõe-se a fazer justiça pelas próprias mãos, neste emocionante thriller cheio de acção.

Realizador. F. Gary Gray

Intérpretes. Vin Diesel. Timothy Olyphant. Larenz Tate. Jacqueline Obradors. Gino Silva. Steve Eastin. Juan Fernadez. Jeff Kober. Mike Moroff. Emilio Rivera

SONDAGEM


O Ponta do Pargo News lançou desde a semana passada um inquérito às nossos visitantes. O questão que predominou a “semana cibernética” foi a seguinte: «Quem irá ganhar mais com o campo de Golfe (Ponta do Pargo)?».

Os resultados desta sondagem foram esclarecedores. Os nossos leitores afirmaram claramente que a População local irá beneficiar mais com o Campo de Golfe, cerca de 40%. Será que isto se passará no futuro? Logo de seguida seguem os turistas, realmente serão aqueles que mais frequentaram a infra-estrutura, com cerca de 20% das respostas.
Um pouco depois seguem os comerciantes que se encontram em 3º Lugar no ranking de quem irá ganhar mais, com uma percentagem de 16%. Por fim os nossos leitores igualaram a População Visitante com as Entidades desportivas, com cerca de 12% cada. Será que isto se irá passar no futuro? Mande as suas sugestões para o nosso e-mail: pontadopargo@gmail.com. Aguardamos o seu comentário.

Esta semana deixamos uma nova estatística: “Quantos anos que a Ponta do Pargo irá comemorar?”, será 506, 451, 448 ou 651. Vote!!!


segunda-feira, 24 de março de 2008

“Rostos no tempo” em exposição

A exposição fotográfica de Gilberto Garrido “Rostos no Tempo” estará patente ao público na Casa do Povo de São Roque do Faial até 5 de Abril. Trata-se de uma mostra que já tem percorrido diversas localidades e mostra os rostos de idosos da freguesia da Ponta do Pargo.Na inauguração da exposição, na passada segunda-feira, Gilberto Garrido destacou o facto da exposição mostrar o rosto de pessoas idosas da freguesia nas suas lides do dia-a-dia. Uma das mais-valias desta exposição prende-se com o facto de algumas das pessoas já terem falecido e até alguns familiares já encetaram contactos para a cedência das mesmas.Noutro âmbito, Gilberto Garrido aproveitou para louvar a Casa do Povo de São Roque do Faial pelas diversas iniciativas de organiza anualmente, pois apesar desta Casa do Povo ser pequena é grande ao nível de grupos musicais e de organização de iniciativas para a sua população.Heliodoro Dória, presidente da Casa do Povo local, frisou o apoio do autor da exposição bem como da Câmara Municipal de Santana e da Direcção Regional dos Assuntos Culturais para a realização desta exposição que poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14 às 17h30.A Casa do Povo pretende diversificar as suas actividades e proporcionar às gentes de São Roque do Faial a oportunidade de apreciar a exposição que já percorreu várias freguesias da Região.Recorde-se que esta exposição visa homenagear as pessoas mais idosas da comunidade da Ponta do Pargo, que deixaram de forma indelével, ao longo da sua vivência, fortes marcas, através da sua forma de ser e de estar, que hoje caracterizam a identidade desta freguesia.Seguindo a ideia de que «só se gosta do que se conhece», o autor procura revelar os pequenos detalhes dos rostos e almas que todos aprendemos a admirar por uma ou outra razão. Para este, «o que nos aproxima são os afectos e o que nos prende são os laços que se criam em torno de uma comunidade que pela sua experiência comum de vida pode transmitir às gerações vindouras histórias que jamais poderão ser revividas».

FONTE: JM

Vamos a Mirandela a 18,19 e 20 de Abril

Vimos convidar os nossos amigos a virem à Cidade de Mirandela a 18, 19 e 20 de Abril apoiar a nossa equipa.

Pela terceira vez ,vamos disputar uma Final do Campeonato Nacional de Ténis de Mesa em Femininos com o CTM de Mirandela.

Ganhamos o 1º Lugar em 2004 e fomos segundos em 2005.

Este ano, com o apoio de todos, desejamos oferecer, mais uma vez à Região, o Título Nacional.

A primeira mão da Final será disputada no dia 12 de Abril (Sábado) às 15.00 horas no Ginásio do Centro Cívico da Ponta do Pargo, com a segunda mão e o encontro de desempate (caso seja necessário) agendados para os dias 19 e 20 de Abril em Mirandela.

Queremos contar com o Vosso apoio nesta data tão importante para o NOSSO Clube.

Juntos podemos conseguir!

Em nome de toda a Equipa os melhores cumprimentos

Gilberto Garrido

quarta-feira, 19 de março de 2008

PONTA DO PARGO HOJE NA RTP



Ponta do Pargo estará hoje as 19h00 no programa televisivo Lado a Lado transmitido pela RTP Madeira.






Será divulgado as tradições, actividades entre outras coisas no programa.


O Ponta do Pargo News e o Grupo Instrumental e de Cantares da Ponta do Pargo são entidades confirmadas, entre muitas outras.









ADC Ponta do Pargo garante presença na Final - 2ª mão do Play Off - Camp. Nac. 1ª Div. Feminina

A.D.C. Ponta do Pargo garante presença na Final

Resultado registado na noite de hoje (Terça-feira), no Ginásio do Centro Cívico da Ponta do Pargo a contar para a segunda-mão da Meia-final do Play-Off do Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina:

* A.D.C. PONTA DO PARGO – GRUPO DESP. ESTREITO: 4 – 3
Zoya Novikova – Maria Xiao: 3-0 (11-7, 12-10 e 11-5)
Zhang Ying Ying – Luo Xue: 1-3 (9-11, 12-14, 11-9 e 14-16)
Carina Jonsson – Yao Li: 2-3 (9-11, 4-11, 11-9, 12-10 e 9-11)
Carina J./Zhang Y. Ying – Yao Li/Luo Xue: 3-1 (7-11, 13-11, 11-5 e 11-2)
Zoya Novikova – Luo Xue: 1-3 (9-11, 4-11, 11-9 e 6-11)
Carina Jonsson – Maria Xiao: 3-2 (8-11, 7-11, 11-7, 11-3 e 12-10)
Zhang Ying Ying – Yao Li: 3-0 (11-2, 11-9 e 11-9)

A.T.M.M

NOTA: Ao vencer novamente no encontro da segunda mão, a A.D.C. Ponta do Pargo garantiu presença na Final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina.

As datas de disputa da Final serão 12 de Abril (primeira mão) e 19 e 20 de Abril (segunda mão e desempate, se necessário).

Parabens à Camara Municipal da Calheta - Paulo Gonzo na Ponta do Pargo

O cantor português Paulo Gonzo está confirmado para o encerramento das celebrações dos 506 Anos de Elevação a Vila da Calheta, promovidas pela Câmara Municipal da Calheta.O concerto terá lugar no dia 28 de Junho na Ponta do Pargo. Paulo Gonzo que, numa entrevista recente ao JM, manifestou o desejo de voltar a pisar os palcos madeirenses, irá apresentar, na Ponta do Pargo, o seu novo trabalho discográfico intitulado “Perfil”, cuja nova edição (apresentada este mês em Lisboa) inclui o inédito “Call Girl” composto pelo artista para o filme com o mesmo nome, do realizador António Pedro Vasconcelos. De lembrar que a primeira edição de “Perfil” alcançou um lugar cimeiro na tabela de vendas nacionais. Neste disco, Paulo Gonzo segue os exemplos de músicos brasileiros como Adriana Calcanhoto ou Tom Jobim, revisitando a sua carreira a solo desde 1985, altura em que ainda cantava em inglês depois da incursão na Go Graal Blues Band, da qual foi co-fundador. Trata-se de uma selecção de 17 temas, entre eles, o inédito “Diz-me Tu” e os êxitos “Jardins Proibidos” e “Dei-te Quase Tudo”. Integra ainda um dueto com Lúcia Moniz para um tema já conhecido, “Leve Beijo Triste”.A carreira de Paulo Gonzo está em alta, numa altura em que assinala 30 anos de vida artística. O músico já vendeu mais de 400 mil discos, sendo considerado um dos melhores artistas portugueses da actualidade. Recente prova disso continua a ser o álbum “Paulo Gonzo”, de 2005, e o CD “Paulo Gonzo Ao Vivo No Coliseu”, de 2007, que continuam a fazer parte da lista dos discos portugueses mais vendidos dos últimos dois anos.

Fonte: Jornal da Madeira

terça-feira, 18 de março de 2008

Pessoas que marcaram a primeira parte do século XX, segundo César A. Pestana

César Augusto Pestana, na sua obra A Madeira Cultura e Paisagem, refere algumas pessoas que «(…) assinalaram o Ciclo de Oiro da Ilha (…)»:

Historiografia:

- Padres Fernando Augusto Silva, Eduardo Pereira, Pita Ferreira; Alberto Artur Sarmento, Luís Vieira Castro, M. Pestana Júnior, Ernesto Gonçalves, João Franco Machado e Aragão Mendes Correia.

Poesia:
- António Feliciano Rodrigues (Castilho), Vasconcelos e Sá, Cabral do Nascimento, Eugénia Rego Pereira, Manuel Pestana Reis, João Pestana Júnior, Edmundo de Betencourt, J. Brito Câmara, Jaime Câmara, Daniel da Costa, Octávio de Marialva, Baptista Santos, César Vieira, Teodoro Correia e Henrique Pereira, e, ainda das gerações mais novas, Luís Marino, Gonçalves Preto, Rogério Correia, Silvério Pereira (Rio Silve), Padre Alfredo Vieira de Freitas, Francisco da Silva, João da Silva (Sílvio), Herberto Helder, Carlos Lélis, Rebelo de Quintal, Vasco da Gama Rodrigues, Noé Pestana, Morna Gomes, Florival dos Passos e outros.

Grandes Escritores da Academia de Ciências:
- Dr. Pedro Pita (Jurisprudência), Dr. Alberto Jardim (Ensaio), Major Reis Gomes (Polígrafo) e Dr. Joel Serrão (Professor Universitário, historiador e ensaísta).

Ensaio:
- Alberto Jardim, Joel Serrão, Ernesto Gonçalves, Cónego Jardim.

Ciências Naturais:
- Adolfo Noronha, Cónego Gouveia Barreto, Carlos Azevedo, Artur Sarmento, Rui Vieira, Cónego Homem de Gouveia, Günter E. Maul (dermoplasticista), Adão Nunes (ictologia).

Belas Artes:
- Henrique Franco (Pintura), Francisco Franco (Escultura), pintor Alfredo Miguéis, Lemos Gomes (Pintura e aguarela), Roberto Cunha e Luísa Clode (escultura e iconografia).

Músicologia:
- Eng. Peter Clode, Capitão Lomelino, Capitão Gustavo Coelho, Carlos Santos.

Escritores (Literatura e Ficção):
- Horácio Bento de Gouveia, Visconde do Porto da Cruz, Marinho Lopes, Maria Francisca Teresa, Manuel Rosa, Jaime Vieira Santos, João França, Elmano Vieira, Luís Marino, Ricardo Jardim, Joaquim Mota de Vasconcelos, Alberto Figueira Gomes, Gabriel Brasão Vieira, Carlos Martins, Jorge Sumares, Cónegos Gomes Jardim, Armando Pinto Correia e Augusto Branco Camacho.

Agronomia:
- Eng. Fraga Gomes, Carlos Betencourt, Barros e Sousa, Teixeira de Sousa e Rui Vieira; Boaventura de Azevedo e Arnaldo Rodrigues de Sousa.

Bel-Canto:
- Tenor Lomelino Silva, António José Silvestre; os Irmãos Max.
(…)

In, Madeira Cultura e Paisagem, PESTANA, César A. 1985 Pág. 23-26

A Ponta do Pargo, segundo César Augusto Pestana

A nova estrada distrital Prazeres-Ponta do Pargo, inaugurada há dias, veio revelar aos olhos dos madeirenses e dos turistas uma das regiões da Madeira mais deslumbrantes em paisagem e em costumes – e até agora inacessíveis ás «forças motorizadas» da civilisação!
Poucos funchalenses conhecerão essa fértil região de pinheirais e de culturas agrícolas, de magnifico sol e ar sadio das serras debruçadas sobre colinas; das casas de colmo soleirentas e dos carros de rodas, cantadores, carregados de montanhas de feiteira com os seus ramalheiros de francas …

Ponta do Pargo!
Que edílica paz!
Vacas pachorrentas lavrando os campos de trigo.
«Vilôas» com suas saias listradas de vermelho e de lenços multicolores, cantando pelas cumieiras da serra, na apanha da lenha, ou pelas ribanceiras aos carriços para as cabras e suas ovelhas; ou pelas beiras da rocha, á erva p’ras ligeiras e «bragadas» - lindas vacas leiteiras tratadas familiarmente - «a mim «morena», aqui «castanha» …
Moças cantando canções de amor e de saudade ou o charamba da serra.
Pelas ribeiras soluçam as águas correntes e trovam as moçoilas feiticeiras – faces rosadas pelo sol e pelo ar sadio dos pinheirais, frescas, brejeiras, com as suas blusas coloridas cheias de seios maduros como pêro maduros …
Pelos beirais das casas revolteiam pombas; pelos carriços cantam os pintasilgos; e as casa de colmo ao entardecer fumegam do amanho das ceias, lembrando incêndios dispersos na paisagem. Pelos portais e pelos terreiros, à soleira das portas, ou á beira das ribanças, velhinhas velhas de viver, continuam fiando com o seu fuso ligeiro e sua roca de cana; e as lãs das ovelhas são cardadas junto ao tear.
E a tecedeira, tece que tece e

«A dobadoira gira gira, gira,
A dobadoira alegre vai girando
Na ância de dobar em que ela gira
Só tu é que a deténs de vez em quando!»

Nas noites de luar, os Franciscos mai’los Antoinos, com suas sanfonas e violas de arame, vão trovando ás moçoilas um rústico charambra de amor…
E as aguas cantam nos tornadoiros; e revoadas de pintasilgos escurecem os ares e bucolisam a paisagem; e as levadas conduzem o sangue da terra, a terra que dá o pão com o suor do corpo; e ouve-se o som cavo das enchadas pelos milheirais, e as ovelhas balando pelos ribeiros.
E trilham os ralos e os grilhos pelos silvados …
E pelos campos de trigos maduros começam as ceifas. Ranchos de raparigas retoiçam pelos restolhos à hora da sexta.
E as ceifeiras, de foice no ar ceifam as cearas cantando gestas … E o Maio das giestas floridas, das carquejas em flor! …
E os «aposentos» à beira da porta, cheios de batatais e de maçarocas de milho! E que «semilha»! E que é «sercial»!
Pelas eiras, os manguais, malham que malham em riba das maunças de centeio, e as raparigas aos ranchos descantam nas debulhadas.

(…)

In, A Madeira – Cultura e Paisagem, PESTANA, César A. 1985 Pág. 125-127

segunda-feira, 17 de março de 2008

ADC Ponta do Pargo vs GD Estreito

Amanhã, dia 18 de Março de 2008, no Ginásio do Centro Cívico da Ponta do Pargo realiza-se a 2ª Mão do Play-off Feminino. Este encontro está previsto para as 18h00.






PROGRAMA

15h00 - Ponta do Pargo D vs Ponta do Pargo E


16h30 - Demonstração de Karate;



17h30 - Actuação do Grupo Instrumental e de Cantares da Casa do Povo da Ponta do Pargo;



18h00 - Início da Partida: ADC Ponta do Pargo vs GD Estreito.






NOTA: Para os presentes haverá bebidas Grátis ofercidas pela Empresa de Cervejas da Madeira (ECM).



CARTAZ ALUSIVO AO EVENTO

Ponta do Pargo encerra festas da Calheta - Parabéns à Câmara pela descentralização das festas do Concelho!

Ponta do Pargo encerra festas da Calheta
As tradicionais marchas de S. João são outro cartaz do mês de Junho na Calheta


Está decidido. Será na freguesia da Ponta do Pargo que acontecerá este ano o encerramento das celebrações dos 506 anos de elevação a vila da Calheta. A autarquia tem programado oferecer um espectáculo na praça central do Centro Cívico da Ponta do Pargo, no final do mês de Junho. O presidente da autarquia, Manuel Baeta, revelou ao DIÁRIO aquela que é para já a principal novidade do programa, garantindo, no entanto, que ainda está em fase de negociações com os artistas que vão estar presentes na última semana do mês no concelho da Calheta.Ainda assim, Paulo Gonzo ganha consistência sobre a restante concorrência, podendo vir a encerrar, na localidade da Ponta do Pargo, o programa de festas de 2008.Segundo o que o DIÁRIO apurou, a organização pretende que os artistas que venham a actuar na semana de comemorações assumam o compromisso de não actuarem pelo menos durante o mês de Junho na Região.A pretensão desta quase exclusividade deve-se à intenção de conseguir atrair às festividades o maior número possível de populares em redor dos respectivos espectáculos. Ganha o concelho em termos de projecção e sobe a probabilidade de os comerciantes efectuarem bons negócios nesta altura do ano. Certo, certo, é a população da Calheta assistir a actuações de duas bandas ou de dois diferentes e conceituados artistas nacionais ou estrangeiros.Aliás, a autarquia nos últimos anos tem vindo a garantir nas suas edições artistas estrangeiros.No entanto, se, no capítulo do encerramento das 'hostilidades', estamos conversados, no tocante ao início da animação da efeméride, o palco de abertura será o habitual e ficará novamente instalado no areal da praia da Calheta.Um local perfeito para acolher os milhares de visitantes que assistem tradicionalmente à banda cabeça de cartaz do evento que todos os anos o executivo calhetense prepara da melhor forma. As marchas de S. João, a decorrer na Avenida D. Manuel I, são outro cartaz do mês Junho, com a participação prevista das oito freguesias, num total de 500 figurantes que se espera em volta do certame.

Victor Hugo Data: 15-03-2008

Podemos adiantar que ao longo da noite, depois do concerto de Paulo Gonzo, haverá discoteca ao vivo na maior praça da Madeira - Ponta do Pargo.

Prova poderá vir a realizar-se em Ponta do Pargo - Open Golfe

Open da Madeira Prova poderá vir a realizar-se em Ponta do Pargo

O presidente do Clube de Golfe do Santo da Serra (CGSS) admite vir a organizar o Open da Madeira em Porto Santo já no próximo ano, caso seja essa a vontade dos principais patrocinadores, o Governo regional e o Instituto do Desporto de Portugal (IDP). "Admito perfeitamente, se for essa a vontade do Governo regional e do IDP", referiu António Henriques à agência "Lusa", lembrando que a capacidade hoteleira de Porto Santo aumentará este ano "mais 1.500 ou duas mil camas" e essa poderá ser uma "possibilidade interessante". António Henriques também não exclui a possibilidade do torneio "vir a realizar-se no novo campo da Ponta do Pargo", que será o terceiro percurso da ilha e o quarto da região, uma vez que a Madeira dispõe ainda do campo do Palheiro. O Clube de Santo da Serra detém os direitos exclusivos do torneio e este ano aposta na organização directa, depois desta ter sido assegurada pela Lagos Sports, entre 1993 e 2004, e pela Amen Corner, de Severiano Ballesteros, entre 2005 e 2007. Um passo que permitirá uma poupança directa de 80 mil euros, mas que é olhado como "um investimento a longo prazo, pois Santo da Serra ficará dotado das mesmas condições das outras empresas" que garantiram a sua organização no passado. No horizonte do CGSS está ainda a possibilidade do torneio vir a merecer honras de transmissão em directo no próximo ano, estando prevista uma reunião com a PGA European Tour na próxima semana, durante a 16ª do torneio, para avaliar essa possibilidade.
"Vamos reunir na próxima semana com a PGA. O torneio custa anualmente sensivelmente um milhão de euros e penso que valerá a pena fazer um esforço, que representa 20 ou 30 por cento do seu custo, para termos transmissão televisiva", explicou. O torneio é visto em 110 milhões de lares em todo o mundo, através do magazine semana da PGA do Circuito Europeu, mas a transmissão em directo colocaria a prova a par das restantes duas do "tour" em solo nacional, o Open de Portugal e o Portugal Masters. António Henriques explicou que para se atingir este patamar "será muito importante" a colaboração do grupo dos patrocinadores, nomeadamente do BPI, que este ano assegura uma "parceria fundamental" para a realização do torneio, que terá um "prize-money" de 700 mil euros.

AGÊNCIA LUSA

quinta-feira, 13 de março de 2008

PONTA DO PARGO NA RTP



No próximo dia 19 de Março, o Grupo Instrumental e de Cantares da Casa do Povo da Ponta do Pargo, e as actividades locais estarão a partir das 19h00 no Programa da RTP "Lado a Lado".

Na quarta-feira sintonize o canal da RTP Madeira - Canal 17 da TV Cabo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

"Rostos no Tempo"

Na próxima segunda-feira, dia 17, pelas 18 horas, inauguração de "Rostos no Tempo" de Gilberto Garrido, na Casa do Povo de São Roque do Faial. Esta exposição é parte integrante do Circulo Made in Ponta do Pargo.

"Chaminés da Ponta do Pargo"

O Centro Cívico da Ponta do Pargo acolhe apartir de 5 de Abril uma exposição fotográfica de Rui Nelson. A inauguração está prevista para o dia 5 do mês de Abril, Sábado, pelas 17h30.

domingo, 9 de março de 2008

NOVOS PERCURSOS

A exposição da Artista Lurdes Ferro, irá estar em Maio em MACHICO, na Junta de Freguesia do Machico. BREVEMENTE MAIS INFORMAÇÕES.

PONTA DO PARGO EM MACHICO


Ontem a Ponta do Pargo foi divulgada no Concelho de Machico, através do programa radiofíonico "Músicas do Arco da Velha".

O Grupo Instrumental e de Cantares da Casa do Povo da Ponta do Pargo


A emigração clandestina e a Ponta do Pargo

Muita da emigração clandestina para a Guiana Inglesa processava-se de Câmara de Lobos. Ao entardecer as embarcações inglesas levantavam ferro do porto do Funchal. Contornando a costa até as imediações de Ponta do Pargo, metiam a bordo tantos quantos lhes convinha para o povoamento daquela possessão equatorial. Há notícia de, em 1846, ter aparecido em S. Vicente, Manuel de Sousa, natural de Câmara de Lobos, dono de alguns barcos de pesca, para levar gente fugida e sem passaporte (ARM, Câmara de S. Vicente, n.c., f. 55). Este indivíduo dedicava-se a aliciar pessoas que quisessem sair clandestinamente para Demerara (Idem, ibidem, f. 57, v.º). Duma lista de emigrantes legais para aquela região, datada de 1845, existe menção a José da silva, solteiro, Francisco da Silva e João gonçalves Aguiar, casados, de Câmara de Lobos; José de Abreu, António da Costa e Maria Rosa, solteiros; António Gomes e mulher, Maria Rosa, naturais do Estreito. Todos os passageiros lavraram um documento notarial em como o armador se comprometia a transportá-los, dar-lhes comida e as provisões necessárias e a deixá-los desembarcar livremente na referida Guiana Inglesa mediante o pagamento de 30.000 reis (ARM, Registos Notariais, n.º 2881, F. 34-38). Não sabemos ao certo quantas pessoas emigraram clandestinamente e acabaram por morrer na possessão inglesa. O certo é que saíram em massa desde 1836 e poucos foram os que regressaram.
Manuel Lopes da Silva, um morador na Quinta Grande, ao regressar de Demerara, em 1857, foi condenado numa multa de 4.768 por trazer algumas mercadorias ilegais. O referido emigrante não contestou a apreensão. A Alfândega intimidou-o para vir tratar das formalidades (ARM, Alfândega do Funchal, 1.º 162, F. 226).
Temos notícia de um testamento lavrado a bordo da embarcação Freitas & Macedo, onde faleceu Francisco Gonçalves de Freitas, natural do Estreito de Câmara de Lobos, quando regressava da Guiana Inglesa, em 1872 (Idem, ibidem, 1.º 164, F. 236). O censo de 1878, menciona um escasso número de ausentes nesta jurisdição, que, como nos quer parecer, era de emigrantes, mas nesse caso, deverá esconder bastante a verdade: Câmara de Lobos - 5; Campanário - 33; curral das Freiras - 34; Estreito - 18 e Quinta Grande - 2 (Estatística de Portugal, Censo de 1878, Lisboa, Imprensa Nacional, 1881)



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Ao Ministério do Reino
2.ª Repartição. N:º 2108 - Illm.º e Exm.º Snr. - Foi-me hontem denunciado que o Bergantim Portuguez "Marianna", que ha mais de quinze dias desafferára do Porto do Funchal, se achava fundeado defronte da freguezia da Ponta do Pargo desta Ilha, e alli tractava de receber a seu bordo colonos.
Apenas recebi esta denuncia ordenei immediatamente ao Commandante do Brigue de Guerra Portuguez "Douro", que mandasse sem perda de tempo uma das suas lanchas á dita Ponta do pargo, e fizesse apprehender o Bergantim no caso de elle se estar occupando no criminoso trafico de que era suspeitado.
O Commandante do Brigue "Douro" mandou logo uma das suas lanchas ao indicado ponto, a qual encontrou effectivamente o Bergantim "Marianna".
Deixarei fallar o Commandante, transcrevendo aqui as proprias palavras da communicação que me dirigio em data de hoje:
"Em consequencia da participação que recebi de V. Exc.ª mandei immediatamente largar a lancha deste Brigue em direitura ao local que me foi indicado, e hontem, pelas nove horas da manhã foi avistado o dito Brigue ao mar da Ponta do Pargo estando atravessado: a lancha foi direita a elle, e logo que foi conhecida pelo Brigue, este navegou, e como havia calma, a lancha a alcançou, tendo feito alguns tirosantes com balla, cahindo uma dellas dentro do Brigue, que felizmente não offendeu pessoa alguma, porem o Brigue não atravessou, nem içou bandeira.
Logo que a lancha atracou ao Brigue, o Aspirante do Batalhão Navalpedro Joze Corrêa, encarregado da expedição, conhecendo que o Brigue conduzia gente sem passaporte, madou mariar para este ancoradouro.

O Capitão não fez resistencia mas devo diser a v. Exc.ª que o Aspirante me participou que o Capitão lhe offerecêra duzentas patacas e outras duzentas para a guarnição da lancha, isto foi tão público, que toda a guarnição o confessa, assim como tambem se offereceo dinheiro a um pratico que eu mandei d'aqui na lancha, tendo a satisfação de dizer a v. Exc.ª , que não só o Aspirante repulsou com a honradez de um Portuguez, mas igual honradez teve toda a tripulação da lancha; ainda depois de isso foi offerecido um saco com moedas d'ouro para o Official se servir do que quizesse, não acceitou, e vendo o Capitão q mais guarnição do brigue que a tripulação da lancha não se seduzia, tentou a tripulação revoltar-se, o que constando ao Aspirante encarregado da lancha, mandou ao Capitão que a sua tripulação fosse para baixo, collocando sentinellas em pontos seguros, e assim veio ao ancoradouro.
Á vista de tudo isto bem se deixa ver que o Brigue conduzia gente sem passaporte, e que procurou todos os meios de seduzir a guarnição da lancha, para se evadir, prova evidente do seu contrabando.
Peço a v. Exc.ª que este negocio seja examinado com todo o cuidado e que se espera por decizão do Governo de Lisboa a quem vou dar parte deste acontecimento."
Logo que o Bergantim "Marianna" chegou a este porto, e o Commandante do Brigue Douro me deo conhecimento da apprehensão, entreguei imediatamente todo o negocio ao Poder Judicial, para o fim de se haver o procedimento que fôr de Lei - Oxalá que pelo Poder Judicial se dê uma lição severa, que sirva de escarmento aos que tão escandalosamente se consagram ao ominoso trafico desta nova especie de escravatura!
Deus Guarde a V. Exc.º - Funchal 10 de Setembro de 1847 - Illm.º e Exm.º Snr. Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Reino - O Governador Civil Joze Silvestre Ribeiro.
•/•
Ao Ministério do Reino
2.ª Repartição -
L.º 3.º - N.º 49 - Illmo e Exmo Snr - Dado que o Brigue "Douro" se acha estacionado no porto desta cidade, tenho feito sempre avisar o seu Commandante da sahida de qualquer navio suspeito de empregar-se na conducção clandestina de emigrados para as colonias ingliezas, e isto mesmo pratiquei por occasião da sahida do bergantim inglez "Rowley" para Demerara no dia 5 do corrente. Nos dias 8 e 9 participou o Commandante que na manhã de 7 uma lancha do Brigue "Douro" aprezionára aquelle bergantim defronte da Ponta do Pargo, porque já tinha a seu bordo sem passaporte dezasseis passageiros tomados na costa da Ilha, além de 18 que levara legalmente d'este porto, achando-se entre elles um desertor do Batalhão dos Caçadores, N.º 6.
Destas participações dei logo conhecimento ao Juiz de direito da Comarca Occidental do funchal, remetendo-lhes por copia authentica, - e isto mesmo communiquei ao Commandante do Brigue.
Como dellas não constasse a distancia em que estava de terra o Bergantim "Rowley" quando fôra aprisionado, exigi que o Commandante do Brigue "Douro" declarasse esta circunstancia; - elle satisfez logo declarando que o "Rowley" estava então distante da terra tres milhas, pouco mais ou menos; - e logo enviei ao dito Juiz do Direito este novo documento.
O consul inglez allegando que o "Rowley" fôra aprisionado a nove ou dez milhas de distancia da terra, requisitou-me a entrega d'essa embarcação para que o Governo Portuguez não tomasse responsabilidade pelas perdas e despesas resultantes da detenção.
Respondi referindo-me ás informações officiaes que tinha e que estando o negocio affecto ao Poder Judicial, só delle dependia libertar o navio, ou declarar boa a presa.
No dia 11 foi essa embarcação desembaraçada por despacho do Juiz de direito.
No mesmo dia o Consul inglez requisitou-me que se fizesse cumprir aquele Despacho. Dei conhecimento delle ao Commandante do "Douro", para não impedir a sahida do "Rowley"; respondi ao Consul que nenhum impedimento se poria á viagem d'aquella embarcação, e ella effectivamente já sahio deste porto.

Dando a V. Exc.ª conta destas occorrencias, espero que seja approvado o procedimento deste Governo Civil.
Deus Guarde a V. Exc.º - Funchal aos 14 de Março de 1848. IlIm.º o Exm.º Snr. Ministro e Secretário de Estado dos Negocios do Reino. O Governador Civil, José Silvestre Ribeiro.

quinta-feira, 6 de março de 2008

FIGURAS IMPORTANTES DA PONTA DO PARGO










Costa Dias (Manuel da)
(1883 – 1930) Oficial da Administração Militar, professor, político e escritor, nasceu na freguesia da Ponta do Pargo a 18 de Outubro de 1883 e faleceu em Lisboa, no hospital Militar da Estrela, em 24 de Julho de 1930.
Casou com D. Helena Ribeiro Costa Dias, de quem teve dois filhos: comandante Artur da Costa Dias e D. Maria Emília Costa Dias, casada com o Dr. Wenceslau de Sá, do continente.
Começou os seus estudos no seminário Diocesano do Funchal, tirando a seguir o curso dos Liceus, depois do que se matriculou no Instituto Industrial e Comercial do Porto, fazendo as cadeiras que constituem o curso da Administração Militar. Assentou praça em 11 de Julho de 1903, sendo promovido sucessivamente: a alferes, em 1909, a tenente em 1910, a capitão em 1916, e a major em 1923. Em 1910 esteve em África onde prestou relevantes serviços, tendo sido um valioso colaborador do Governador do Huíla, coronel João de Almeida. 5 Anos mais tarde, voltou a Angola com uma expedição do comando do General Pereira de Eça, na qual desempenhou as funções de chefe dos serviços administrativos de Humbe e Cuamato.
Em 1916, partiu para os campos de batalha da França, onde desempenhou os mais espinhosos serviços.
Foi lente proprietário da nona Cadeira do Exército e da Escola Superior Colonial da cadeira de política económica e Direito Aduaneiro coloniais.
Na qualidade de lente da Escola Superior Colonial fez parte do Conselho do Comércio Externo que funcionava no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Neste mesmo ministério, prestou assinalados serviços na Delegação Portuguesa à Comissão das Reparações em Paris e na Comissão Executiva da Conferência da Paz, na obtenção das reparações alemãs por prejuízos em África anteriores à declaração da guerra.
Foi deputado pela Madeira nas legislativas de 1915 e 1925 e chefe do Gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros Dr. Barbosa Magalhães.
Na primeira legislatura, foi o relator do orçamento do Ministério da Guerra e apresentou uma importante proposta de lei sobre a organização das forças militares coloniais que mereceu rasgados elogios. Na legislatura de 1925 de entre os vários trabalhos de que foi encarregado, avulta o bem elaborado relatório que apresentou como membro da Comissão do Comércio e Indústria sobre o novo regime de fabrico e comércio de tabacos em Portugal.
Escreveu e publicou, entre outros, os seguintes trabalhos: “Campanha contra Soult” (Conferência), 1909; “As subsistências do exército Aliado Anglo-Luso”, Lisboa 1909; “Colonização dos planaltos de Angola”, Lisboa 1913; “Guerra peninsular, 1808 – 1811”; “O serviço de subsistência no exército Anglo-Luso”, Lisboa, 1913; “Administração Militar”, 3ª Edição, 1918, Flandres, 1920.

Quando aluno do Liceu do Funchal redigiu o jornal Republicano “O Democrata” e mais tarde foi um assíduo colaborador da “Revista Militar” e de vários jornais Diários.
Possuía as seguintes condecorações: Medalhas de Campanha em África e Flandres de Bom Comportamento, de Bons Serviços dos Aliados, de Solidariedade do Panamá, Cruz de Guerra, pelo seu procedimento durante a batalha de La Lis em Abril de 1918, sendo também comendador das ordens de Santiago, Avis e Cristo. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, pp. 140-141)

Esmeraldo (Francisco Mendes)
(1879 – 1959) Bacharel, formado em Direito pela Universidade de Coimbra, nasceu na Ponta do Pargo em 1879 e faleceu em Lisboa no dia 3 de Junho de 1959. Casou duas vezes. A 2ª com D. Maria Sílvia Celsa Sela. Esmeraldo, de quem teve uma filha: D. Maria Silvina Esmeraldo Homem Costa, casada com o Dr. António Homem da Costa, c. g.
Tirou o curso do Liceu do Funchal depois do qual se matriculou na Faculdade de Direito de Coimbra onde formou em 1905.
Depois de concluído o seu curso fixou residência em Lisboa, onde abriu banca de advogado. Foi secretário do Governo Civil de Lisboa e um distinto jurisconsulto, sendo considerado em Lisboa como uma das figuras de maior evidência no foro da capital. Faleceu com 80 anos de idade. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal, 1983, p 162)



França (Manuel Augusto de)
(1870 - ?) Proprietário, funcionário público, nasceu na freguesia da Ponta do Pargo, Madeira, a 5 de Março de 1870, sendo filho de Francisco Freire de França e Almeida e de D. Maria Virgínia de Jesus.
Casou com D. Silvana Vilhena da Costa e França, de quem teve três filhos: Dr. Vasco Augusto de França, médico; D. Maria Joana de França e D. Felisbela da Costa e França.
Aos 20 anos de Idade foi para o Brasil, onde esteve dois anos. De regresso à Madeira, em 1894, foi nomeado regedor da freguesia da Ponta do Pargo e depois juiz de paz das freguesias do Paul do Mar, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Achadas da Cruz, cargo que desempenhou durante 17 anos. Foi administrador do concelho da Calheta e vice-presidente da Câmara Municipal do mesmo concelho durante 12 anos, nos últimos dos quais exerceu as funções de presidente. Durante o desempenho destas suas funções procurou dotar o seu concelho com boas estradas, fontanários e escolas.
Como funcionário público desempenhou as funções de chefe de conservação das Levadas do Rabaçal e foi ajudante do Porto do Registo Civil da Ponta do Sol.

Faleceu na casa de sua residência no Pedregal, Ponta do Pargo. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal, 1983, p 195)

França (Vasco Augusto de)

(1900 – 1985) Licenciado em Medicina e cirurgia, nasceu no sítio do Pedregal, Freguesia da Ponta do Pargo, Madeira, em 25 de Abril de 1900, sendo filho de Manuel Augusto França e de D. Silvana Vilhena da Castro e França, em t.º de Franças. Casou com D. Fernanda Maria Homem de Gouveia, em t.º de Pontes de Gouveia, s. g. Tirou curso do Liceu do Funchal depois do qual se matriculou na Faculdade de Medicina de Coimbra, onde se formou em 1926.
Quando estudante em Coimbra, fez um grupo de baixos do orfeão académico, tendo visitado, nessa altura, como orfeonista, a Espanha e a França, sob a regência respectivamente do Dr. Elias de Aguiar e Dr. António Joyce.
Logo depois da sua formatura, prestou serviços como médico de bordo dos emigrantes portugueses para a América do Norte. Na companhia francesa de navegação Faber Line viajou pelo mundo fora.
De regresso a sua terra natal, em 1929, foi nomeado médico municipal da Ponta do Pargo, onde tem prestado relevantes serviços clínicos ao povo do Concelho e muito particularmente ao das freguesias da Ponta do Pargo, Fajã da Ovelha, Prazeres, Paul do Mar, e mesmo até no concelho vizinho, Porto Moniz no tempo do governador Camacho de Freitas foi nomeado Presidente da Câmara Municipal da Calheta, sendo depois reconduzido. Desempenhou as suas funções com muita dedicação e proficiência, dotando o seu concelho com novos caminhos, de grande interesse público, e abastecido com água potável vários sítios que se encontravam muito mal servidos, sem fontenários públicos. Antes da electrificação geral da ilha da Madeira, já o doutor Vasco França tinha dotado a sua freguesia com uma central hidroeléctrica, destinada à eliminação particular, a força motriz do sítio do Pedregal.
Afora os seus afazeres profissionais, dedicava-se à apicultura e à música.
Ao completar os seus 80 anos, foi-lhe prestada uma homenagem pela Câmara Municipal, descerrando-lhe uma placa que dá o nome de Dr. Vasco Augusto de França a uma rua da Freguesia da Ponta do Pargo. Assistiram a essa homenagem os presidentes da Assembleia e Câmara Municipal, membros das respectivas autarquias do Concelho, vários médicos madeirenses e toda a população local. Faleceu na Ponta do Pargo a 2 de Janeiro de 1985, realizando-se o seu funeral para o cemitério daquela Localidade, para o jazigo de família no dia 3 de Janeiro de 1985. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal, 1983, pp. 196-197)

Franco (Francisco)
Escultor, de seu nome completo Francisco Franco de Sousa, nasceu no Funchal, em 1885 a 9 de Outubro.
Segundo fontes consultadas na freguesia, poderia ter nascido na Ponta do Pargo, local de residência da família mas, à época do nascimento, teria vindo para o Hospital da Misericórdia do Funchal, em busca de assistência qualificada.
Célebre escultor madeirense, licenciado em Belas Artes, executou várias obras, fez várias exposições e participou em concursos, obtendo menções honrosas. Da sua obra destacam-se, na Madeira, os seguintes trabalhos:
- Estátuas – Infante D. Henrique, Gonçalves Zarco e o Semeador.
- Cabeças e Bustos – Henrique Vieira de Castro e Doutor Januário Figueira da Silva.
- Relevos – do Monumento a Gonçalves Zarco.
A Câmara Municipal do Funchal atribuiu-lhe a Medalha do ouro de Mérito do Município do Funchal.

Na Região existem dois edifícios em homenagem a este escultor: Escola Secundária Francisco Franco e Museu Henrique e Francisco Franco.
Faleceu em Lisboa a 15 de Fevereiro de 1955.

Gouveia (António Homem de)
(1869 – 1961) Cónego da Sé do Funchal, orador, professor, jornalista e poliglota, nasceu na freguesia da Ponta do Pargo, Sítio do Salão, em 15 de Dezembro de 1869, sendo filho de António Homem de Gouveia e de D. Josefina Maria de Gouveia, n. p. de António Homem de Gouveia e de D. Maria Antónia de Jesus, em t.º de Pontes de Gouveia, n.m. do morgado Manuel de Ponte de Gouveia e de D. Maria de Gouveia.
Cursou o seminário desta diocese e ordenou-se presbítero a 23 de Setembro de 1893. No princípio da sua carreira sacerdotal exerceu o papel de cura do Porto Santo, vigário da Boaventura, mestre de cerimónia da Sé Catedral, Capelão da Sé da Santa Casa da Misericórdia, sendo em 30 de Novembro de 1899, despachado por carta régia, cónego da Sé do Funchal. Desempenhou as funções de escrivão da Câmara Eclesiástica, inquiridor dos bens pontifícios, examinador pró-sinadal e exerceu diversas comissões de serviços públicos como sejam: o cargo de Presidente da Junta Geral do Distrito, deputado da Nação, nas sessões legislativas de 1905 a 1906, de 1906 a 1907, e provedor da Santa Casa da Misericórdia. Foi professor do Seminário, do Liceu e da Escola Industrial e Comercial do Funchal, e funcionário do Museu Municipal. Em 1952 ofereceu à Junta Geral (biblioteca da estação agrária) algumas obras valiosas sobre assuntos da história natural do nosso arquipélago.

Foi um dos poliglotas mais distintos da Madeira, falando correctamente várias línguas, nomeadamente a Espanhola, a Italiana, a Francesa, a Inglesa e a Alemã.
No campo literário, os assuntos que preferia versar eram. Estudos Sociais, Religiosos e Políticos.
Foi um dos fundadores do primeiro Diário Católico do Funchal “O Correio do Funchal”.
Como jornalista, colaborou em vários jornais, sustentando várias polémicas que despertaram grande interesse. Proferiu várias conferências nesta cidade. Foi capelão e amigo do ex-Imperador Carlos da Áustria, e de sua mulher, a Imperatriz Zita, quando os antigos soberanos viveram exilados com seus filhos na Madeira, após a primeira Grande Guerra Mundial (1914 – 1918).
Escreveu e publicou: “A Escravidão da Igreja em Portugal”, discurso proferido na câmara dos deputados na sessão de 5 de Maio de 1905. “Necessidade do descanso dominical”, discurso proferido na Câmara dos Deputados na sessão de 6 de Fevereiro de 1907. “A Situação da Madeira” discurso proferido na câmara dos deputados na sessão de 19 de Fevereiro de 1907. “O Imperador Carlos”, Lisboa, 1922. Possuía a seguinte condecoração: “Proeclesia et Pontífice” pela Santa Sé. Faleceu no Funchal, no dia 29 de Julho de 1961 com 91 anos de idade. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal, 1983, pp. 240-241)


Júnior (João Pestana)
Foi uma auspiciosa revelação de poeta e jornalista, que prometia marcar vincadamente os êxitos a que o seu talento davam juz, quando a morte o surpreendeu em plena mocidade. Quando finalizava, ao mesmo tempo, Direitos e Letras, na Universidade de Coimbra.
Chamado à Escola de Oficiais Milicianos, quando da primeira Grande Guerra Mundial, foi um valioso colaborador da Revolução Nacional de Sidónio Pais, sendo então Alferes de Infantaria 35, em Coimbra.
Quando em 1918 grassava no País a terrível epidemia da (pneumónica) João Pestana Junior, para não abandonar um camarada atacado do terrível mal, tendo sido contagiado sucumbiu em 21 de Outubro de 1918, tendo nessa data para publicar “Flores da Alma).
Teve larga colaboração na Imprensa. (in Notas e Comentários para a História Literária da Madeira, III Volume, 3º período 1910-1952, Edição Câmara Municipal do Funchal, 1953, p. 220)
Em 1916 a Editorial Moura Marques, de Coimbra, publicou um livro de versos “Névoas de Lágrimas” – onde João Pestana Junior se revela com toda a sua fina sensibilidade de poeta e onde as suas qualidades de artista ficam bem impressas. Era irmão dos escritores e jornalistas César Pestana (Pausamias) e Vasco da Gama Pestana. Nasceu na Ponta do Pargo, Ilha da Madeira, em 1894. (in Notas e Comentários para a História Literária da Madeira, III Volume, 3º Período–1910–1952, edição da Câmara Municipal do Funchal 1953, p198)


Pestana (César Augusto)
(1904-1985) Nasceu na freguesia da Ponta do Pargo a 18 de Fevereiro de 1904, sendo filho de João Pestana e de D. Maria Rosalina de Gouveia Pestana, em t.º de Pontes de Gouveia. Casou em Lisboa em 1926 com D. Elisabeth Marie Gundersen, natural da freguesia do Marquês de Pombal, Lisboa, filha única de George Gudersen, de Bergen (Noruega) e de D. Aurora Gundersen, natural de Lisboa, de quem teve: D. Diva Maria Gundersen Pestana, diplomata com o curso da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, casada com o engenheiro Alberto David Soares Gonçalves dos Reis Júnior, c.g.; D. Elisabeth Aurora Gundersen Pestana, licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, casada com o Dr. Guilherme Poças Falcão Bicudo Correia Botelho da Costa, filho dos viscondes de Giraul, c.g.; D. Liliana Gundersen Pestana, licenciada em Farmácia; e César Augusto Gundersen Pestana, engenheiro geógrafo. César Pestana tirou o curso complementar de Letras do Liceu Jaime Moniz, do Funchal, o curso complementar do Comércio na Escola Industrial e Comercial do Funchal e foi aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que abandonou para se dedicar ao comércio.
Desempenha as funções de solicitador, gerente comercial e contabilista na cidade do Funchal. Os assuntos que prefere versar no campo literário são: crítica e crónica literária. Tem colaborado no “Diário da Madeira”, 1930-1940, na “Revista Portuguesa” e na “Revista Lusitânia”, do Rio de Janeiro, na Revista “Das Artes e da História da Madeira” e em vários jornais e semanários do Funchal.

Foi secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas da Madeira e da Delegação na Madeira do Sindicato Nacional da Imprensa Portuguesa (1932).
Usou na imprensa os pseudónimos de Pausanias, Alcino e Augusto. Foi ele o iniciador e organizador dos Jogos Florais da Madeira. A sua formação política sempre republicana e democrata desde as bancadas do Liceu, fê-lo assumir posições oposicionistas ao regime totalitário que revolução do 25 de Abril de 1974 pôs termo. Esta inclinação política fê-lo ser vigiado pela PIDE e preso durante 21 dias.
Aceitou o cargo de procurador à extinta Junta Geral e a fazer parte integrante das comissões de candidatura dos generais: Norton de Matos e Humberto Delgado.
Publicou os seguintes livros: “Ao ritmo da tentação”, Funchal, 1933; “Miss Doly”, Funchal, 1930; Carta aberta ao Sr. Ministro da Educação Nacional, Funchal, 1945; “As Esquadras de Navegação Terrestre”, Aveiro, 1958 A terceira edição deste livro saiu em 1982.
Exerceu o cargo de procurador à Junta Geral do Distrito (1926) e foi membro substituto da Comissão Distrital do Partido Republicano Português, na Madeira, em 1926.
Dirigiu por mais de uma vez a Associação de Futebol do Funchal e o União Futebol Clube no ano da representação das ilhas à Taça de Portugal (1941).

Faleceu no Funchal a 6 de Janeiro de 1985, sendo sepultado no cemitério de Nossa Senhora das Angústias, em S. Martinho, em jazigo de família. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 369)

Pestana (Manuel de Gouveia)
(1895 - ) Nasceu na freguesia da Ponta do Pargo em 1895, sendo filho de João Pestana e de D. Maria Rosalina de Gouveia Pestana.
Embarcou novo para a União Sul-africana, onde casou com uma senhora inglesa e reside, actualmente, na cidade de Joanesburgo, onde está estabelecido comercialmente. Foi presidente da Casa da Madeira, na África do Sul, por ocasião da visita do chefe de Estado, general Carmona, àquele país, tendo por essa ocasião lido uma mensagem patriótica em nome da colónia portuguesa.
É notário, na cidade de Joanesburgo, por distinção do Governo Sul-Africano, sendo o único precedente aberto para com um português. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, pp. 371-372)

Pestana (Vasco da Gama)
(1907 - ) Nasceu na Freguesia da Ponta do Pargo em 1907, sendo filho de João Pestana e de D. Maria Rosalina de Gouveia Pestana.
Frequentou o Liceu do Funchal e a Escola dos Correios e Telégrafos de Lourenço Marques. É oficial dos Correios e Telégrafos na cidade da Beira, Moçambique. Tem o curso de Gonlometrista e tirou o brevet de aviador civil em Lourenço Marques.
Tem sido secretário permanente da Casa da Madeira, naquela cidade. Colaborou literariamente no “Diário da Madeira” e “Notícias”, de Lourenço Marques. Tem no prelo um livro sobre a vida dos negros da colónia de Moçambique, que se intitula “África”. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 373)

Pontes de Gouveia (Manuel)
(1903-1951) Advogado, notário e poeta, nasceu no sítio do Pico, Lombo Queimado, freguesia da Ponta do Pargo, em 1 de Novembro de 1903, sendo filho de Álvaro Tiago de Gouveia e de D. Eugénia Pontes de Gouveia, em
t.º de Pontes de Gouveia.
Casou 2 vezes, a 1ª com D. Adriana Feliza Velosa de Oliveira e a 2ª vez com D. Aida Jane Nogueira Celícia, natural de Gibraltar, s. g.
Do 1º casamento teve 2 filhos: Henrique Manuel Aubery Pontes de Gouveia e D. Maria Rosário Oliveira Pontes de Gouveia, casada com o Dr. António Manuel Rebelo de Quental, filho de Abel Hermenegildo Rodrigues de Quental e de D. Maria Ernestina Rebelo da Silva, c. g.
Tirou o curso do Liceu Jaime Moniz, do Funchal e licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Foi notário na ilha do Porto Santo e no concelho de Câmara de Lobos, Madeira. Desempenhou as funções de juiz municipal do Julgado de São Vicente e vogal da comissão administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal. Durante um certo tempo exerceu advocacia em Lisboa. Escreveu e publicou 2 opúsculos de versos assinados com a letra “M” : “Visão do Céu”, Funchal, 1932; “Saudação a dois amores”, Funchal, 1940. Colaborou em vários jornais, escrevendo uma série de crónicas.
Faleceu no Hospital dos Marmeleiros, Funchal, no dia 26 de Abril de 1951. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 386)

Rodrigues (Egídio Torquato)
(1877 – 1955) Médico pela Escola Médico-Cirúrgica do Funchal, nasceu na freguesia da Ponta do Pargo, Madeira, em 1877, sendo filho de Felisberto Augusto Rodrigues, antigo tesoureiro da Fazenda Pública, natural da dita freguesia da Ponta do Pargo e de D. Firmina Olímpia dos Santos, natural da freguesia e concelho de Câmara de Lobos. Casou com D. Augusta Marcial de Albuquerque Rodrigues, natural do Arco da Calheta, filha do Dr. Júlio de Freitas Albuquerque, em tº. de Freitas de Madalena, e de D. Augusta Marcial, em t.º de Marciais, de quem teve: Dr. Júlio de Santa Cruz de Albuquerque Rodrigues, Advogado e notário, casado com D. Ana Mimoso de Vasconcelos França Albuquerque Rodrigues, c. g.; e D. Maria Ângela Albuquerque Rodrigues Rocha de Gouveia, casada com o Dr. Alfredo Rocha de Gouveia, antigo notário em Faro, c. g.
Tirou o curso do Liceu do Funchal e matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica do Funchal, onde se formou em 1898. Exerceu clínica na Calheta onde era muito estimado por todos os seus doentes, e desempenhou algumas funções públicas como a de Administrador do concelho da Calheta, onde passou grande parte da sua vida.
Faleceu em Lisboa a 10 de Maio de 1955, com 78 anos de idade. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 407)

Rodrigues (Manuel Leovigildo)
(1881 – 1959) Oficial do Exército e gerente do Banco de Portugal, nasceu no sítio da Lombadinha, freguesia da Ponta do Pargo, concelho da Calheta, distrito do Funchal, a 20 de Agosto de 1881, sendo filho de Felisberto Augusto Rodrigues e de D. Firmina Olímpia dos Santos. Casou com D. Maria Isabel de Freitas Silva, de quem teve 4 filhos: Dr. José Manuel da Silva Rodrigues, casado com D. Maria do Carmo Leite Monteiro Rodrigues, s. g.; D. Maria Ângela da Silva Rodrigues, casada com o Engº José Humberto Santos Guerreiro, c.g., e do primeiro tenente aviador Manuel da silva Rodrigues, prestando serviço nos transportes aéreos da Índia (1959).
Em 23 de Novembro de 1901, assentou praça no Regimento de Infantaria 27, tendo sido promovido a alferes em 4 de Fevereiro de 1909. Frequentou o Liceu do Funchal e as antigas Escola Politécnica e Escola do Exército, onde concluiu o curso da arma de Infantaria. Foi promovido a tenente-coronel em 11 de Novembro de 1935 e passou à situação de reserva em 21 de Março de 1938. Fez uma brilhante carreira militar, que iniciou em Moçambique, tendo tomado parte na campanha de Angola, desde 2 de Maio de 1910, onde se distinguiu de forma a ganhar a medalha de Valor Militar. Foi durante alguns anos professor do Liceu Jaime Moniz do Funchal e desempenhou as funções de agente do Banco de Portugal na Madeira, lugar que exerceu durante 36 anos. Foi ainda presidente da Assembleia Geral da Associação Comercial do Funchal e membro do Conselho consultivo da Junta Nacional do Vinho, em representação da viticultura do Sul. Fez algumas conferências nos quartéis e no Liceu da Jaime Moniz uma das quais sob o título “A nova colónia de Moçambique”. Possuía entre outras as seguintes condecorações: Medalha de prata D. Amélia Angoche de 1910, Medalha de Valor Militar, Comenda da Ordem de Avis; Medalha de ouro de Comportamento Exemplar e vários louvores em Ordem do Exército e Comando Militar

Faleceu em Lisboa no Hospital da CUF, onde se submetera a uma intervenção cirúrgica e se encontrava em tratamento, no dia 15 de Julho de 1959. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 412)

Rodrigues (Vasco da Gama)
(1888-1977) Oficial do exército, professor e publicista, nasceu no sítio da Lombadinha, freguesia da Ponta do Pargo, Madeira, a 11 de Fevereiro de 1888, sendo filho de Felisberto Augusto Rodrigues e de D. Firmínia Olímpia dos Santos.
Casou com D. Hermengarda Silva Martins Rodrigues, de quem teve 2 filhos: capitão-de-mar-e-guerra Vasco António Martins Rodrigues e tenente-coronel Manuel Felisberto Martins Rodrigues (em 1977).
Tirou o curso dos liceus no Funchal e os preparatórios para a Escola do Exército na Escola Politécnica de Lisboa e o curso de Astronomia e Geodesia na Faculdade de Ciências de Lisboa. Na Escola do Exército tirou o curso de Artilharia Fabril; o curso de Tiro em França; o curso de Táctica no Centro de Estudos Interarmas, em França e o curso de Altos Estudos Militares na Academia de Altos Estudos Militares. Foi promovido a alferes em 1 de Novembro de 1913 e a brigadeiro a 11 de Fevereiro em 1948. Nesta data passou à reserva por ter atingido o limite de idade.

No âmbito militar desempenhou funções de relevo nas antigas colónias ultramarinas e fez parte da expedição a França durante a 1ª Grande Guerra Mundial.
Na actividade civil foi membro da Comissão Municipal de Lourenço Marques, professor do Liceu Central da mesma cidade, chefe da Repartição Central da colónia de Moçambique e membro do seu Conselho Legislativo e ainda chefe de Gabinete do governador-geral daquele antigo território ultramarino.
Em 1952, foi presidente do Conselho Fiscal dos estabelecimentos fabris do Exército e em 1958 ministro da Guerra. Em 25 de Fevereiro de 1953 foi presidente da Direcção da Casa da Madeira. Além de diversos e importantes louvores possuía as seguintes condecorações: Grande Oficial da Ordem de São Bento de Avis; Medalha de Mérito Militar; medalha de ouro da Classe de Comportamento Exemplar; medalhas comemorativas da 1ª Grande Guerra Mundial em França (CEP), África (Moçambique) e na defesa do Porto e Lisboa e ainda a medalha da Vitória.
Escreveu na “Revista de Artilharia”, diversos artigos sobre assuntos técnicos e na “Revista Militar” sobre assuntos militares.
Também colaborou nos jornais do Funchal, escrevendo artigos sobre assuntos literários e políticos e no semanário literário “Alvorada”.
Faleceu em Lisboa a 5 de Novembro de 1977, com 89 anos de idade, tendo sido realizado o seu funeral na Igreja do Santo Condestável para o Talhão dos Combatentes, no Cemitério do Alto de S. João da mesma cidade. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 413)
Garrido Gilberto, Banganho António e outros, Toponimia da Ponta do Pargo, UMa, 2006

quarta-feira, 5 de março de 2008

GRUPO INSTRUMENTAL E DE CANTARES APRESENTA REPERTÓRIO EM PROGRAMA DE RÁDIO

O Grupo Instrumental e de Cantares da Casa do Povo da Ponta do Pargo, irá apresentar no próximo dia 8 de Março, pelas 11h00, o seu repertório num programa de Rádio.

Este programa denomina-se por "Músicas do Arco da Velha" e é apresentado por José Alberto T. Reis.

Segundo a nota recebida pela nossa redação, este programa será feito apartir da Cidade de Machico (Junto a Maxmat) e será transmitido para as seguintes rádios da Madeira: Rádio Sol (Ponta do Sol), Rádio Girão Fm (Ribeira Brava), Rádio Popular Camara de Lobos e Funchal), Rádio Palmeira (Santa Cruz) e Rádio Zarco (Machico, Santana e Porto Santo).

APAREÇA, estaremos lá a sua espera.

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O Ponta do Pargo News está aberto a sujestões, contactem-nos em pontadopargo@gmail.com


Descobrimos um novo blog da Ponta do Pargo, www.avidadopargueirinho.blogspot.com. Visitem é um blog crítico.

SÍTIO DO AMPARO

Sítio da freguesia, situado entre a Ribeiro do Lombo e o Ribeiro Velho.

O seu topónimo advém da devoção existente neste sítio a Nossa Senhora do Amparo, onde se construiu no século XX, uma capela em sua homenagem. Esta foi constituída como sede da Paróquia do Amparo, pelo Bispo Dom David de Sousa em 24 de Novembro de 1960, pelo Decreto de Actualização das Paróquias.
Este sítio apresenta um boa produção agrícola, destacando – se o pêro rajado, muito conhecido e apreciado em toda a ilha. Em tempos foi significativa a produção de leite de vaca.
Neste sítio existiu em tempos um Fio para transporte de carga.
Durante muitos anos funcionou uma Escola Básica, Plano dos Centenários, hoje transformada num Centro Social e um espaço para atendimento ao público pelo Presidente da Câmara ou seus representantes.
Neste sítio, existem duas infra-estruturas vocacionadas, especialmente, para o turismo: Os Bungalows do Amparo, cujos proprietários são austríacos e a Casa do Agrela.

SÍTIO DO CABO

Último sítio da freguesia, separado das Achadas da Cruz, pela Ribeira da Cruz.
Este topónimo advém da sua situação geográfica: uma elevação de terra que, em forma de ponta, entra pelo mar.
Neste sítio encontra-se a Capela de Nossa Senhora da Boa Morte, construída em 1666, por Custódio Nunes da Costa. Recentemente, a estrada municipal que serve este sítio e o Sítio da Lombada Velha, com início na Estrada Regional 101, foi alargada e asfaltada, permitindo um fácil acesso aos automóveis, assim como a regular passagem dos transportes públicos.
Ainda há pouco tempo funcionava aqui uma Escola Básica, Plano dos Centenários, actualmente abandonada.

RUA DOUTOR VASCO AUGUSTO DE FRANÇA

Localização: Início na Estrada Regional 101, junto à Escola Básica do primeiro Ciclo, passando junto à Igreja Paroquial de São Pedro, na Cruz do Salão, voltando a ligar à Estrada Regional 101.

O seu topónimo foi atribuído na reunião da Câmara Municipal da Calheta em homenagem ao Doutor Vasco Augusto de França, Licenciado em Medicina e Cirurgia, nascido no sítio do Pedregal a 25 de Abril de 1900, falecido na mesma freguesia a 2 de Janeiro de 1985, sendo sepultado no cemitério local, em jazigo de família.

Em 1929, foi nomeado médico municipal da Ponta do Pargo, onde prestou relevantes serviços clínicos, especialmente, nas freguesias da Ponta do Pargo, Fajã da Ovelha, Prazeres, Paul do Mar e, mesmo até no concelho vizinho, o Porto Moniz.

No tempo do governador Camacho de Freitas foi nomeado Presidente da Câmara Municipal da Calheta sendo, depois, reconduzido.

PARÓQUIAS E CAPELAS DA FREGUESIA

PARÓQUIA DA PONTA DO PARGO


Esta paróquia tem como limites: a Norte, a Ribeira da Cruz; a Sul a Ribeira de São Pedro; a Leste a Serra Comunitária; e a Oeste a Rocha do Mar.

Na altura da sua criação, tinha 1875 paroquianos e era pároco da freguesia o Padre Silvano Sousa Jardim, natural de São Vicente.

A paróquia da Ponta do Pargo, também conhecida por paróquia de São Pedro tem como Orago este santo, festejado a 29 de Junho.

Na igreja paroquial (anexo XXI), situada a uma altitude de 498 metros, podemos salientar duas peças de arte sacra de grande valor (anexo XIII): um cálice em prata do século XV, que estava na fortaleza de São Lourenço, supondo-se ter sido entregue por José Silvestre Ribeiro, primeiro governador da Madeira, em 1856 aquando da demolição da capela do Palácio de São Lourenço e outro cálice custódia de prata dourada, de meados do século XVII.

PARÓQUIA DO AMPARO


Criada no mesmo ano da anterior, tem como limites: a Norte a Ribeira de São Pedro; a Sul a Ribeira dos Marinheiros; a Leste a Serra Comum e a Oeste a Rocha do Mar.- Anexo XXII

O número de paroquianos, na época da sua criação, era de 985, tendo também como pároco o Padre Silvano Ernesto Sousa Jardim.

Esta paróquia dedicada a Nossa Senhora do Amparo, tem como Orago esta Virgem. É no último fim-de-semana de Agosto que se realiza a festa desta paróquia.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM


Propriedade da Diocese, foi mandada construir por Manuel Mendes de Gouveia, em 1960, por graça alcançada.

Todos os anos, tem uma grande festa organizada feita pelos emigrantes da freguesia.

Fica localizada no sítio da Lombadinha, junto à Estrada Regional 101.-Anexo XIV

FAROL

No alto da saliência da costa marítima, conhecida pelo nome de Ponta do Pargo e no local chamado a Vigia, levanta-se o edifício do farol, cuja existência era há muito pretendida.

Por portaria de 27 de Junho de 1882, determinou-se a instalação do Farol. Só em 1896 se fizeram estudos no local, com vista à concretização do projecto. Nesta data o terreno é expropriado a Felisberto Homem de Gouveia e foi pago a 120 reais por metro quadrado.

O projecto para o farol, foi elaborado em 1911 e referia que, devido à altitude do terreno – 312 metros, se deveria reduzir ao mínimo a altura da torre.

A encomenda da óptica e da lanterna foi feita em 1915, mas devido à Primeira Grande Guerra Mundial, a Junta geral do Distrito, em 1917, solicitou o seu adiamento.

Só em 1920, recebeu a lanterna e o seu aparelho em 1921. No ano seguinte, a 5 de Junho, o farol começou a funcionar utilizando como fonte luminosa um candeeiro de petróleo.

Em 1958, é electrificado pela montagem de grupos electrogéneos e em 1980 começa a ser alimentado pela rede de distribuição pública de energia eléctrica, passando a ser automatizado.

O edifício onde está instalado compreende uma torre quadrangular de alvenaria e um anexo, de um só piso, em forma de U, para habitação dos faroleiros e arrecadação.

A torre mede 8 metros, desde a base até à cornija.

A 29 de Novembro de 2001, procedeu-se à inauguração do Núcleo Museológico do Farol da Ponta do Pargo.

Este Núcleo, para além de algumas peças históricas, contém essencialmente fotografias e documentação dos vários faróis existentes no País, dando especial realce aos da Região.

segunda-feira, 3 de março de 2008

ARTE RARA É DESENVOLVIDA NA PONTA DO PARGO

Está a ser desenvolvida na Ponta do Pargo, uma arte rara. Esta arte é originaria da China e foi aprendida em 1956 por um ex-cozinheiro da tropa portuguesa.
O Centro de Dia esta a desenvolver este projecto, que consiste na aprendizagem dos idosos para esta arte.
Mais informações contactar: pontadopargo@gmail.com ou 961629436