quinta-feira, 30 de abril de 2009

10º Torneio Comunidade Foral de Navarra

A convite da Secção de Ténis de Mesa do Clube de Oberena, a Madeira estará presente no 10º Torneio Internacional "Comunidad Foral de Navarra", evento que irá ter lugar no próximo Sábado (2 de Maio) na Cidade de Pamplona (Espanha).
Neste evento, a ter lugar no Pavilhão Polidesportivo de Oberena, serão disputadas provas na vertente de Pares e Singulares, sendo a delegação madeirense constituída por quatro atletas (dois masculinos e dois femininos) e por um treinador.



Na prova feminina, a ser disputada num escalão absoluto, irão participar as atletas Ana Cristina Neves (ADC Ponta do Pargo) e Mariana Gonçalves (CD Garachico). No sector masculino, os atletas Énio Mendes e Vitaly Efimov (ambos do CD São Roque) irão disputar esta competição na vertente de Pares e Singulares, sendo orientados pelo treinador Piotr Skierski (Centro de Treino de Alto Rendimento da Madeira).
A prova terá início pelas 08.00 horas (horário da RAM) com a disputa da 1ª Fase das provas de Singulares, estando as Finais agendadas para as 19.00 horas (horário da RAM).

quarta-feira, 29 de abril de 2009

PONTA DO PARGO É TEMA DE CONVERSA NO PROGRAMA "MADEIRA EM FESTA"


No programa "Madeira em Festa" desta semana é abordado diversos temas acerca do Grupo Instrumental e de Cantigas Norte a Sul, que se prepara para fazer a sua primeira internacionalização.

Para ouvir este programa, sintonize as seguintes frequências:

RÁDIO GIRÃO 98.4 FM ás SEXTAS, entre as 18 e as 19 horas,

RÁDIO ZARCO 89.6 FM, ás QUINTAS, entre as 11 e as 12 horas,

RÁDIO SOL103.7 FM, aos DOMINGOS, entre as 20.30 e as 21.30 horas,

RÁDIO PALMEIRA 96.1 FM, aos DOMINGOS, entre as 10 e as 11 horas,

RÁDIO CALHETA 98.8 FM, aos SÁBADOS, entre as 08 e as 09 HORAS,

RÁDIO SANTANA 92.5 FM, aos SÁBADOS, entre as 08 e as 09 horas.

O Programa " MADEIRA EM FESTA " pode ser ouvido NA INTERNET no Site www.cantinhodamadeira.net, no sector MADEIRA RÁDIO, como ainda ONLINE nas RÁDIOS CALHETA E SANTANA.

ESTE É UM PROGRAMA QUE DÁ A CONHECER A REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, E NÃO SÓ, ATRAVÉS DA MÚSICA, AS ACTIVIDADES RECREATIVAS E CULTURAIS, O HORÓSCOPO, A POESIA, AS ENTREVISTAS E MUITOS OUTROS MOTIVOS DE ENTRETENINMENTO, NUM ESPAÇO COM A DURAÇÃO APROXIMADA DE 60 MINUTOS.

Para aqueles que não podem ouvir, o Ponta do Pargo News brevemente disponibilizará o programa na íntegra.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Professor Francisco M.S. Barreto promove debate «Ciência Vs Fé»

A Escola Básica dos 1,2,3 Ciclos /PE Professor Francisco M.S. Barreto, na Fajã da Ovelha, promove no próximo dia 29 de Abril, pelas 14h30, um debate subordinado à dialéctica conhecimento científico / religião, aberto a toda a comunidade escolar e local.
Esta acção é uma iniciativa promovida pelo Grupo Disciplinar de Ciências da escola e surge na sequência de comuns intervenções de alunos nas aulas da disciplina de Ciências Naturais (fundamentalmente) questionando por vezes a legitimidade de determinados conteúdos leccionados, invocando que na catequese aprenderam de forma diferente. Os promotores da iniciativa pretendem, com a concretização desta acção, esclarecer e informar docentes, catequistas, encarregados de educação e alunos sobre este assunto, sempre na perspectiva de, juntos, contribuírem para uma formação melhor e integral dos jovens.
Os docentes responsáveis sublinham que o objectivo desta iniciativa não é demonstrar “quem tem razão”, mas antes clarificar que, nos tempos que correm, Ciência e Fé não são necessariamente incompatíveis. Não se pretende, deste modo, que este debate constitua um confronto de convicções ou de posições extremadas mas tão-somente uma ocasião de troca aberta e construtiva de diferentes opiniões em campos tão distintos, mas quiçá complementares, como sejam os da Ciência e da Fé.
Esta actividade que terá como oradores convidados, entre outros, os Srs. Padres Paulo Catanho e Rui Sousa, párocos das diversas paróquias das quais são oriundos os diversos alunos da escola – Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo, Prazeres e Paúl do Mar. Este convite é extensivo a todos quantos queiram contribuir de forma positiva para uma saudável troca de ideias e de conhecimentos que este debate pretende promover.

O Delegado do Grupo Disciplinar de Ciências

Renato Azevedo

Nuno Henriques e Li Peng na Ponta do Pargo

Finalizada a participação da ADC Ponta do Pargo e do Sporting do Porto Santo na fase regular da I Divisão masculina de ténis-de-mesa, com a equipa do concelho da Calheta e garantir a permanência e a da ilha vizinha a ficar à beira do 'play-off', já começou a 'dança' das transferências.

Assim, a ADCPonta do Pargo já contratou os serviços de Li Peng (ex-Sporting do Porto Santo) e de Nuno Henriques (ex-CD1.º de Maio) para integrar o seu plantel a partir da época 2009/2010.

Rodrigo Andrade no 1.º de Maio

Como é natural, as equipas deverão proceder a alguns ajustes, tendo em conta estas mexidas.

O CD 1.º de Maio passará a contar com Rodrigo Andrade (ex-CD São Roque), assim como poderá ver o regresso de Vítor Gouveia, que representou a ADC Ponta do Pargo.

No que diz respeito a equipas femininas, quatro ainda estão em actividade, o GD Estreito a disputar o 'play-out', ADC Ponta do Pargo, ACD São João e ACM Madeira nos 'play-off' juntamente com o CTM Mirandela.

A primeira mão da meia-final será no dia 16 de Maio e a segunda a 23. Se for necessário desempate, o jogo será no dia 24.

Mariana e Rodolfo campeões

Mariana Gonçalves (CD Garachico) e Rodolfo Pedra (ACM Madeira) venceram o Campeonato Regional Individual de Cadetes, que a Associação de Ténis-de-Mesa da Madeira organizou no Pav. Bartolomeu Perestrelo.

Na final, Mariana Gonçalves venceu Fabiana Figueira, do CTM Ponta do Sol, por 3-0 (11/3, 11/4 e 11/6) e Rodolfo Pedra derrotou António Gomes por 3-2 (13/15, 14/12, 11/4, 3/11 e 13/11).

No degrau inferior do pódio, ficaram Gabriela Nunes (AD Caramanchão) e João Melim (Sporting do Porto Santo), que perderam nas meias-finais.


Carlos Alberto Moniz

domingo, 26 de abril de 2009

Videos do Jogo - Ponta do Pargo - Sporting C. P


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Ponta do Pargo em Alvalade - último jogo da época.







Uma recordação da época 2008-2009 e . . . de um belo jogo em Alvalade.

Obrigado por esta época desportiva, que apesar de difícil, foi conseguida
com a ajuda de todos.

Um abraço amigo do amigo

Gilberto Garrido

sábado, 25 de abril de 2009

Revolução dos Cravos



PORTUGAL - Anteriormente ao 25/4/74 e suas causas




Desde as lutas liberais na primeira metade do século XIX que o país vive divisões e conflitos internos. Ainda assim foi um período de progresso sobretudo na segunda parte do século XIX, contudo a tensão foi enorme nas ultimas décadas da monarquia e que se acentuara após a república, com sucessivos governos a “caírem” e inflações descontroladas. É neste cenário de instabilidade e marasmo que na sequência dum golpe militar (de generais a 28/05/1926) que inicia-se o “estado novo” e que viria a terminar também através dum golpe militar (mas de capitães em 25/04/1974). António Oliveira Salazar que no inicio era ministro das finanças, teve o dom de controlar a inflação, passou a presidente do conselho aquando da remodelação do governo em 1933 começando aí a designação “Estado Novo”. De inspiração fascista (como em alguns países na Europa à época ). Regime fortemente centralizado pelo governo/estado e ditatorial. Para isso conseguiu impor finalmente uma acalmia e uma ordem social no país, contando para isso com uma policia especifica para o efeito. Primeiramente PVDE (Policia de Vigilância e de Defesa do Estado). Depois alteraram o nome para PIDE (Policia Internacional e de Defesa do Estado) este foi o nome que perdurou mais tempo, por fim DGS (Direcção Geral de Segurança) já com Marcello Caetano em presidente do conselho de ministros (1968) após saída de Salazar por incapacidade sobretudo física provocada por uma queda quando sentado numa cadeira em São Pedro do Estoril que também lhe provocou lesões cerebrais. Após a 2ª guerra mundial o mundo transformava-se enquanto Portugal mantinha-se estático e inabalável como se o tempo tivesse parado. As potências coloniais começavam a desfazer os seus impérios enquanto Portugal mantinha o seu império através da força de defesa militar, que teve inicio em 1961 na Guiné-Bissau e que depressa se estendeu à Angola e Moçambique. (Já nesse ano de 1961 Portugal tinha perdido as praças de Goa, Damão e Dio para a União Indiana). A guerra em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau aumentava, o inimigo cada vez mais bem apetrechado belicamente sobretudo com armas Soviéticas mas também Americanas. O inimigo actuava em guerrilha no mato. Os anos sucediam-se e a guerra sem fim à vista cansava o sector militar que já mostrava algum cansaço. Na Guiné-Bissau a situação era já tão descontrolada que na reunião da ONU de 25/9/73, 47 países reconheceram a Guiné-Bissau como independente! A sociedade civil também descontente em que as famílias Portuguesas viam os seus filhos partirem para uma guerra longe com um tempo de serviço militar obrigatório quase sempre superior a três anos! A fadiga e o descontentamento militar levaram os militares a fazerem reuniões secretas que começaram em Agosto e Setembro de 1973 e que se prolongaram pelo inicio de 1974. (Em 22/2/74 sai o livro “Portugal e o futuro” de A. Spínola) (No inicio de 1974 Marcello Caetano em visita a Londres foi recebido em ambiente hostil e de contestação devido à situação colonial). Das reuniões secretas nasce a ideia de fazer-se constar que se iria fazer o golpe militar no 1º de Maio aproveitando as habituais escaramuças do dia do trabalhador para assim fazer-se o golpe antes e apanhar o regime desprevenido. Daí o golpe de 16/4/74 do Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha (cerca de 200 homens entre praças, sargentos e oficiais), que mal planeado, a 3 quilómetros de Lisboa souberam que estavam sozinhos e voltaram para trás, vindo a ser detidos. 11 ficaram detidos na Trafaria. Ficou no pensamento dos militares amigos dos detidos irem salva-los mas sem serem presos. (A PIDE acreditou no embuste dos revoltosos irem tentar o golpe só no dia 1 de Maio, desenvolvendo os meios e estando em alerta para esse dia especifico e sobretudo tendo uma lista de captura de oficiais entre eles Otelo para o dia 27 de Abril). Daí o golpe de estado «25 de Abril» ter-se dado pela questão militar do Ultramar e não pela razão do regime ser uma ditadura anti-democrática e contra a liberdade de expressão, já que politicamente os opositores ao regime estavam exilados ou presos e não tinham qualquer poder ou forma de fazer face ao regime pela força. A sua força era a cultura de outros ideais que irritavam o governo fascista que queria manter a situação imutável e o povo na ignorância.




Francisco Silva




Resumo do dia 25 de Abril de 74


Otelo Saraiva de Carvalho por volta das 22 horas do dia 24/4/1974 fardado com blusão de cabedal chega ao Regimento de Engenharia Nº1, na Pontinha. É ali que o major acompanhado de outros oficiais: Os tenentes-coronéis Garcia dos Santos e Lopes Pires, o comandante Victor Crespo, os majores Sanches Osório e José Maria Azevedo, o capitão Luís de Macedo… Ali instalam o posto de comando num pequeno anexo com as janelas tapadas por alguns cobertores, sobre a mesa uns papéis manuscritos e um mapa de estradas do Automóvel Clube de Portugal edição de 1973 que fazia de carta operacional com os esboços das movimentações, sendo a base do “plano geral das operações” que se dividia em duas zonas; Zona Norte que começava no eixo a sul do Porto e Lamego para norte. Zona Sul desse eixo para sul, dividido em quatro sectores; Sector Norte, até a sul de Coimbra, Sector Centro até norte de Santarém, Sector Sul daí para sul, Sector Lisboa que também incluía Santarém. Dali do Posto de Comando com o nome de código «Óscar» dão o conhecimento da situação e as instruções às unidades militares de todo o país envolvidas nas operações. O primeiro sinal como combinado seria dado pelo então posto “Emissores Associados de Lisboa” às 22:55. João Paulo Dinis era lá locutor e fizera a tropa em Bissau sob as ordens de Otelo, daí a escolha de Otelo. E cabe a Dinis às 22:55 dar voz e escolher a canção « E Depois do Adeus », de Paulo de Carvalho, canção vencedora desse ano do Festival da Canção RTP e que iria a alguns dias representar Portugal no Festival da Eurovisão. A segunda senha é dada na “Rádio Renascença”. Otelo fazia ponto de honra que fosse uma canção do Zeca Afonso e estava indeciso entre «Venham Mais Cinco» e «Trás Outro Amigo Também» eram as suas preferidas mas logo os seus camaradas fizeram notar que seriam canções muito obvias e que iriam suscitar desconfiança. Foi assim que o jornalista Carlos Albino sugeriu «Grândola Vila Morena» e é esta que acaba por ir para o ar no programa «Limite» de Paulo Coelho e Leite de Vasconcelos que antes de pôr o disco recita a primeira quadra de «Grândola Vila Morena». São 0:20 e grande parte das forças envolvidas põe-se em movimento. O Quartel-General da Região Militar de Lisboa é o centro nevrálgico das “Forças do Regime”. O edifício é tomado pelo Batalhão de Caçadores 5 com o código «Canadá». A mesma unidade também se encarrega de proteger a residência do general António de Spínola, o general Francisco Costa Gomes não foi alvo de protecção porque não dormiu em casa. Importante é também o aeroporto da Portela, operação com o código «Nova Iorque» que fica encarregue à Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra que às portas de Lisboa a coluna militar perde-se nas ruas e becos escuros de Camarate. Junto ao aeroporto o capitão Costa Martins esperava a coluna da EPI e desesperava e decide neutralizar sozinho de pistola em punho a guarda do aeroporto e entrou mesmo na torre de controle fazendo «bluff» durante mais duma hora dizendo que o aeroporto estava cercado e para se interditar o espaço aéreo português imediatamente. A EPI chegada toma de imediato conta do aeroporto e ainda neutraliza o Regimento de Artilharia Ligeira 1 em Lisboa junto ao aeroporto. A Escola Prática de Transmissões fazia as escutas telefónicas militares das forças do regime que depois transmitia ao Posto de Comando. O Regimento de Cavalaria 3 de Estremoz vem a Lisboa com a missão de controlar a Ponte Sobre o Tejo, tomando posições do lado sul do Tejo (Pragal). Enquanto nas colinas adjacentes à ponte de ambos os lados a Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas toma posições apontando baterias junto ao Cristo Rei, para o Terreiro do Paço e Monsanto. A mesma unidade depois vai lá baixo à Trafaria libertar os militares que tentaram a 16 de Março o “golpe das Caldas da Rainha” e que se encontravam presos na Casa de Reclusão da Trafaria. Os órgãos de comunicação social também eram de crucial importância controla-los. Para isso coube à RTP (única emissora televisiva da época) ser tomada pela então, Escola Prática de Administração Militar, (operação; código Mónaco) já que se situava na mesma rua, (Alameda das Linhas de Torres em Lisboa). A antiga Emissora Nacional, actual RDP na rua do Quelhas foi tomada com meios limitados pelos capitães Oliveira Pimentel e Frederico de Morais mais 40 praças de especialidades diversas do Campo de Tiro da Serra da Carregueira. Na rua Sampaio Pina à porta do Rádio Clube Português estão estacionados homens do BC5 dali perto (Campolide) chefiados pelo capitão Santos Coelho e pelo Major Costa Neves da Força Aérea o qual no momento da tomada do RCP é questionado pelo porteiro; se não podiam aparecer após as 9 horas da manhã, que sempre já lá estaria mais gente para os receber!!! Costa Neves e seus camaradas forçam a entrada e é esse o posto escolhido para emissor do MFA. Como previram que as forças do regime pudessem cortar as ligações às antenas do RCP do Porto Alto, tal como vieram a tentar, então a guarda das antenas ficaram a cargo da Escola Prática de Engenharia, de Tancos que também controlou a ponte de Vila Franca de Xira e a casa da moeda em Lisboa. Então através do RCP o MFA apresenta-se ao país pela 1ª vez às 4:26 (estava previsto ser às 4 horas mas o engano de percurso da EPI em Camarate atrasou o comunicado) a voz é do jornalista Joaquim Furtado: «Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas...». A programação é alterada e passa o hino nacional, marchas militares e canções de protesto e de contestação. Sucedem-se os comunicados escritos por Victor Alves e Lopes Pires no quartel da Pontinha, que eram lidos aos microfones do RCP. Mediante esta situação os ouvintes ficam a par do desenrolar dos acontecimentos. Mas a missão principal cabe ao capitão Salgueiro Maia e seus homens da Escola Prática de Cavalaria, vindos de Santarém ficam-lhes encarregues várias acções desde de “despiste” ou seja; chamar a atenção das forças fiéis ao regime através dum itinerário ostentatório no sentido de dispersar as capacidades inimigas. E ainda de controlar o Banco de Portugal, a Rádio Marconi e o Terreiro do Paço. Ali, o ministro do Exército, general Andrade e Silva perante a situação manda abrir à picareta um buraco na parede do gabinete por onde foge mais os ministros da Marinha, da Defesa e do Interior acompanhados de militares de altas patentes. Antes do golpe a Marinha e a Força Aérea haviam sido contactadas para aderirem mas garantiram a neutralidade. Mas o capitão-de-fragata Seixas Louçã que comandava a fragata «Almirante Gago Coutinho» integrada na NATO e com grande poder de fogo, resolve, ameaçar disparar sobre o Terreiro do Paço. Ao que é posta ao corrente das baterias de artilharia, já prontas a disparar, posicionadas nas colinas junto ao Cristo Rei. A tripulação ao saber rebela-se e ao fim da manhã a fragata retira-se e vai fundear-se no Alfeite. Momento importante, quando a coluna EPC é interceptada na Avenida Ribeira das Naus por tropas fieis ao regime comandadas pelos brigadeiro Junqueira dos Reis e o tenente-coronel Ferrand d’Almeida, com tanques Patton M47. É o próprio Salgueiro Maia que vai tentar dialogar, saindo a pé e de lenço branco na mão hasteado e uma granada escondida na outra, ao que o brigadeiro dá ordens para disparar sobre o capitão mas que ninguém obedece! E depois mesmo alguns tanques de Cavalaria 7 passam-se para o lado de Salgueiro Maia. Outro momento muito importante dá-se às 5 horas quando o Major Silva Pais director-geral da PIDE/DGS dá conhecimento ao presidente do Conselho (função que equivale actualmente à de primeiro-ministro), Marcello Caetano dos acontecimentos que este ainda desconhecia. Referindo que a situação era grave e dando instruções para se refugiar o mais depressa possível no Comando-Geral da GNR no Largo do Carmo porque era um dos sítios que não se encontrava sitiado e que passava mais despercebido. Mas que veio a revelar-se uma grande armadilha! Primeiro porque soube-se da sua entrada no Quartel do Carmo às 6 horas, ao que o major Otelo deu ordens para Salgueiro Maia se dirigir para o Largo do Carmo e sitiar completamente o quartel para que não houvesse fugas pelas traseiras. Na ida da coluna de Salgueiro Maia para o Largo do Carmo, uma companhia do RI 1 comandada pelo capitão Fernandes tenta bloquear a passagem mas após curto diálogo, passam-se para o lado dos revoltosos. Embora em telefonemas mais tarde tentassem convencer Otelo que Caetano não se encontrava lá mas Otelo sabia que era para as forças do regime ganharem tempo. E segundo porque quando as individualidades mais importantes ligadas ao regime foram socorridas pelo ar, por um helicópetero como no caso do Regimento de Lanceiros 2, esse mesmo helicópetero tentou ajudar a fuga de Marcello Caetano, só que não havia sítio para o helicópetero aterrar e por isso Marcello Caetano receoso permaneceu encurralado no Quartel do Carmo com blindados apontados e ouvindo uma multidão crescente que tinha acordado dum sono profundo ou que tinha aprendido ou descoberto nesse dia que existiam outras coisas como democracia e liberdade… E gritavam: Por vingança e palavras de ordem contra a ditadura e guerra colonial e outras coisas. Salgueiro Maia depois terá mesmo pedido calma ao povo de megafone em punho. Mesmo que o regime não caísse as coisas já não seriam mais como antes, o povo nesse dia tinha ouvido coisas novas e ficou a saber em que tipo de regime e que tipo de politicos governavam o país por isso aderiram de imediato ao Movimento das Forças Armadas! O tempo passava a GNR não reagia numa tentativa de ganhar tempo. Maia dá um ultimato à GNR mas nada! No Posto de Comando desesperavam e Otelo envia um bilhete escrito a Maia: «Com metralhadoras rebenta com as fechaduras do portão, que é para saberem que é a sério!» Ás 15:10 são dados 10 minutos. (Temia-se que um helicópetero afecto às Forças do Regime podesse largar uma bomba sobre as forças revoltosas no Largo do Carmo). Após o prazo esgotado, às 15:25 as metralhadoras duma viatura chaimite disparam contra a frontaria do quartel. Como não houvera reacção da parte do quartel, passado algum tempo um blindado toma posição de canhão apontado e é nesse momento que surgem dois civis: Pedro Feytor Pinto e Nuno Távora, quadros da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, medianeiros entre Spínola e Caetano, este último melindrado com a situação dizia: «Não quero que o poder cai na rua». Feytor Pinto telefona a Otelo que em nome do MFA, mandata o general Spínola para receber a rendição de Caetano. Às 18 horas, chega Spínola de automóvel com farda Nº 1. Caetano submete-se e entrega a Spínola o poder e pede protecção. Spínola transmite a Caetano a intenção do MFA de o enviar para o Funchal. (Iria partir para o Funchal no dia seguinte pelas 7horas, a ele juntaram-lhe também entre outros o Presidente da Republica Almirante Américo Tomás que durante a longa noite da revolução não deu sinal de vida, como se não fosse nada com ele, passou o dia na sua casa no Restelo, saindo sobre escolta para o aeroporto). E assim às 19:30 sai do quartel o chaimite «Bula», no interior vão Marcello Caetano e António Spínola em direcção à Pontinha, por entre uma multidão eufórica que celebra a “Liberdade” com cravos vermelhos. Às 19:50 é emitido o comunicado: «O Posto de Comando do MFA informa que se concretizou a queda do Governo, tendo Sua Excelência o Professor Marcello Caetano apresentado a sua rendição incondicional a sua Excelência o General António de Spínola». Logo após as 20 horas é lida no RCP a «Proclamação do Movimento das Forças Armadas». E à 1:30 já do dia 26/4/74 aparecem na televisão as novas caras do poder: A Junta de Salvação Nacional, como presidente, António de Spínola, em que lê uma proclamação ao país: …Um novo regime… A democracia, a paz.


Francisco Silva

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Festa da Flor 2009





































Lindo !
Com amizade para todos os frequentadores do Ponta do Pargo News, vai um "cheirinho" dos preparativos da Festa da Flor, para quem não poder ver ao vivo no Funchal.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Padrinho para a Cerimónia de Abertura da Festa do Desporto Escolar 2009




O Jogador da ADC Ponta do Pargo Duarte Fernandes, irá ser o padrinho da Escola Básica dos 1,2,3 Ciclos/PE Prof. Francisco Barreto - Fajã da Ovelha na Cerimónia de Abertura da Festa do Desporto Escolar 2009.

Este jogador veste a camisola da Ponta do Pargo desde 2004, é Campeão Nacional nos diversos escalões.

A ADC Ponta do Pargo, adianta que este jogador irá continuar no clube na próxima época desportiva.

domingo, 19 de abril de 2009

Novo hotel nasce na Ponta do Pargo

Uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas deverá nascer na freguesia da Ponta do Pargo, junto ao campo de golfe que será construído a partir deste ano.

O novo hotel deverá ser construído pelo empresário Michael Nascimento, filho de madeirenses, a residir em Inglaterra, dono da “Propertie Brookers”, empresa que se dedica à venda e gestão de propriedades, tendo na sua carteira nomes como Alex Ferguson, carismático treinador do Manchester United e de Cristiano Ronaldo.

A nova unidade hoteleira deverá ser construída a partir do próximo ano e custará cerca de 20 milhões de euros, entre a compra e edificação da unidade de 150 quartos.

Convite

A Escola Secundária Francisco Franco e o Clube de Ecologia Barbusano tem o
prazer de convidar V. Ex.ª para se associar ao conjunto de actividades
promovidas no âmbito do concurso de fotografia "Agricultura Madeirense - Que
Desafios?", a ter lugar no dia 21 de Abril de 2009, pelas 15:00 horas:
- Inauguração da Exposição de Fotografia na Galeria de Arte Francisco Franco;
- Entrega de Prémios e Conferência proferida pelo Ex.mo Sr. Secretário Regional
do Ambiente e Recursos Naturais, Dr. Manuel António Correia - Sala de Sessões:
- Actuação do Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova - Pátio Interior.

Karaté: Luís Ascensão da ADC Ponta do Pargo nos Treinos da Selecção Portuguesa


Karaté: Luís Ascensão da ADC Ponta do Pargo nos Treinos da Selecção Portuguesa
Data: 19-04-2009


Os quatro atletas (Liliana Félix, Cátia Rodrigues, Nuno Fernandes e Luís Ascensão) integrados no Plano de Apoio aos Praticantes de Elevado Potencial, vão realizar hoje domingo um treino com a equipa das 'quinas', após o qual regressam ao Funchal.

sábado, 18 de abril de 2009

FILME "CAMARATE" EM EXIBIÇÃO NO CENTRO CÍVICO A PARTIR DAS 16H30 - ORGANIZAÇÃO DA CASA DO POVO DA PONTA DO PARGO E INATEL


Camarate
Título original: Camarate
De: Luís Filipe Rocha
Argumento: Luís Filipe Rocha
Com: José Wallenstein, Luís Lucas, Maria João Luís, Virgílio Castelo
Género: Drama
Classificacao: M/12

POR, 2000, Cores, 120 min.



argumento
O cartaz promocional de "Camarate" lança a pergunta: "Acidente ou atentado?". Já lá vão 20 anos e a interrogação não esmorece.
A tese do acidente ou a possibilidade de atentado são levantadas pelo realizador Luís Filipe Rocha no seu filme sobre o processo de Camarate. Agora que se comemora o 20º Aniversário da morte Francisco Sá Carneiro, um dos fundadores da democracia portuguesa, o filme chega para relembrar e convocar a reflexão sobre uma das mais trágicas e enigmáticas histórias do nosso país no pós-25 de Abril.
No dia 4 de Dezembro de 1980, o primeiro-ministro de Portugal, Francisco Sá Carneiro e Snu Abecassis, o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa e a mulher, o chefe de gabinete do primeiro-ministro António Patrício Gouveia, e os pilotos Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa morreram num desastre de avião. A campanha para as eleições presidenciais de 1980 estava no fim, e o objectivo da viagem ao Porto era participar no comício de apoio ao candidato da AD, General Soares Carneiro.
O Cessna tinha acabado de levantar voo quando se despenhou e ardeu no bairro das Fontainhas em Camarate...

Reunião com os proprietários dos terrenos onde vai ser construido o Pavilhão da Ponta do Pargo.


A Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo vai entregar aos proprietários do terrenos onde vai ser construído o Pavilhão Gimnodesportivo, os Levantamentos topográficos das parcelas para que estes vão as Finanças e a Conservatória do Registo Civil da Calheta rectificar as medidas dos mesmos.

No levantamento feito aos terrenos, pedido pela ADC Ponta do Pargo verificou-se que na realidade a medida dos terrenos é bem superior às registradas nas Cadernetas Prediais. Nesse sentido e para que o Clube possa pagar as medidas corretas os proprietários, em conjunto , têm que actualizar as áreas em apreço e assim o dono da obra pagar , com correcção,essas parcelas de terreno, que na totalidade prefazem 5 000 metros quadrados.
Espera-se que, logo que os terrenos estejam devidamente registados possam ser pagos e logo de seguida possa ser lançado a Obra a concurso num valor previsto de 400 000 Euros.

HOJE HÁ CINEMA NA PONTA DO PARGO

Decorre, hoje pelas 18h30, no Salão Nobre do Centro Cívico da Ponta do Pargo, mais uma sessão de cinema.

Hoje será passado o filme CAMARATE. Esta é uma actividade realizada entre a Casa do Povo da Ponta do Pargo e o INATEL.

Apareça!!!

Motociclismo - Rampa Maloeira/Fajã da Ovelha da ADC Ponta do Pargo

A 'estrelinha' dos campeões de 2008 brilhou na primeira prova do Campeonato da Madeira de Rampas TT, que decorreu domingo com organização da ADC Ponta do Pargo.

Num percurso de 4.800 metros, os melhores do ano passado impuseram os seus argumentos, mas há dados curiosos a registar, concretamente no que diz respeito ao regresso de pilotos que são referência no panorama do motociclismo regional, como são os casos de Rafael Rodrigues, que lutou nas 'duas rodas' com Vítor Freitas, ficando a apenas 10 décimos de segundo, mostrando que a ausência não lhe causou 'males'.

Nas 'quads', e pese o facto de a idade já não permitir grandes 'voos', sem dúvida que as presenças de Arcanjo Delgado e João da Côrte enriqueceram a lista de participantes e irão trazer uma competição entre ambos pela classificação de melhor Veterano.

E numa época em que crise é a palavra mais falada, vai uma nota para as apostas das equipas, com forte presença da Quadchallenger, que foi vencedora por equipas, seguida pela AD Pontassolense e Clube Motards da Madeira, à frente de um grupo no qual figuram ainda Yamaha/Celestino & Camacho, ElectroRecta, MZ Bike e a JTC Motos.

Um referência ainda para a participação dos estreantes Fernando Cabeceiro, que foi uma surpresa com a 2.ª posição nas 'quads', e Carlos Pita, que acabou em último nesta categoria.

Fonte: DN

Ronaldo associado ao golfe da Ponta do Pargo ?


O presidente da Câmara Municipal da Calheta, Manuel Baeta, está optimista em relação à construção para breve do campo de golfe naquele concelho, mais concretamente na Ponta do Pargo, actualmente em fase de concepção do projecto.
Além dos potenciais investimentos turísticos que por arrastamento aquela infra-estrutura desportiva proporciona, Manuel Baeta destaca ainda a criação de postos de trabalho não apenas na sua construção como depois no funcionamento da mesma.
Manuel Baeta vê com bons olhos a possibilidade daquela obra, orçada em cerca de 15 milhões de euros, da responsabilidade Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste, poder ser construída por um privado.
Como exemplo, o autarca da Calheta aponta o nome da “maior referência da Madeira no mundo”, ou seja, Cristiano Ronaldo. «Em todo o mundo o Cristiano Ronaldo é conhecido, até no Afeganistão, pelo que associar uma obra dele na Calheta seria uma mais-valia em termos turísticos», realçou Manuel Baeta, revelando que o concurso para a execução da obra já foi lançado pelo que a construção do campo pode arrancar ainda este ano.
Manuel Baeta acredita que a construção daquela infra-estrutura irá despoletar uma série de investimentos privados, nomeadamente algumas unidades hoteleiras, num total estimado de 500 camas.
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Novo hotel nasce na Ponta do Pargo

Uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas deverá nascer na freguesia da Ponta do Pargo, junto ao campo de golfe que será construído a partir deste ano.
O novo hotel deverá ser construído pelo empresário Michael Nascimento, filho de madeirenses, a residir em Inglaterra, dono da “Propertie Brookers”, empresa que se dedica à venda e gestão de propriedades, tendo na sua carteira nomes como Alex Ferguson, carismático treinador do Manchester United e de Cristiano Ronaldo.
A nova unidade hoteleira deverá ser construída a partir do próximo ano e custará cerca de 20 milhões de euros, entre a compra e edificação da unidade de 150 quartos.

Veja na íntegra aqui.

Karaté: Ponta do Pargo no Campeonato Nacional com o Campeão da Madeira Edgar Silva

Karaté com Campeonato Nacional
Data: 18-04-2009

Santarém recebe este fim-de-semana os melhores karatecas de Portugal em vários escalões, para a realização de alguns eventos.

Destaque para a realização do Campeonato Nacional de Infantis, Iniciados e Juvenis, onde os Campeões da Madeira vão marcar presença.

Recorde-se que a representação madeirense nas provas de Kumité e Kata será realizada por João Prioste (ASKKSA), duplo campeão regional e por Edgar Silva (ADC Ponta do Pargo), Bruno Nóbrega, Guilherme Sousa, Luís Abreu e Joana Azevedo, todos do Marítimo, e ainda por Pedro Rocha, Álvaro Alves e Maria João, estes três em representação da AD Machico.

A presença do Edgar Silva no Campeonato Nacional é apoiada pela Junta de Freguesia do Arco da Calheta, freguesia de onde é natural o atleta.

DN

quinta-feira, 16 de abril de 2009

1ª ELIMINATÓRIO DO TORNEIO DE FUTEBOL 1º DE MAIO - CM CALHETA


VENHA APOIAR A NOSSA EQUIPA, DOMINGO AS 10H00 NO CAMPO MUNICIPAL DOS PRAZERES

PARABÉNS RÁDIO HORIZONTE!!!

Clique na imagem para aceder ao Blog da Radio Horizonte

A Rádio Horizonte comemorou hoje o seu primeiro aniversário, esperemos que seja o primeiro de muitos.


Eu, João Pita, estive envolvido com esta rádio, tornando-me locutor diário, mas devido a motivos pessoais e profissionais, não pude continuar neste projecto, contudo continuo a acompanhar o dia-a-dia desta rádio.




O Ponta do Pargo News deseja que esta rádio continue a animar os ouvintes da Rádio Calheta ao Sábado, com o seu programa MAIS HORIZONTE, e que continue a animar os intervalos de aulas dos alunos da Escola Básica e Secundária da Calheta.


TEXTO INTRODUTÓRIO


"A Tua Rádio, A Nossa Rádio, A Rádio que te dá Horizonte!
A rádio escola é um projecto de complemento curricular que pretende, antes de mais, ser um espaço de formação e educação dos jovens da EBSC. Enquanto actividade de complemento do currículo queremos que este projecto contribua para o enriquecimento pessoal e social dos nossos alunos, sugerindo novas formas de ocupação dos seus tempos livres, divulgando informação do que diária e semanalmente acontece na nossa escola (e acreditem que não é pouco o que por cá se passa), abrindo novos horizontes de actuação individual e colectiva, que reflictam as nossas dinâmicas internas.Enquanto actividade de complemento curricular, este terá de ser sempre um projecto feito por alunos e destinado a alunos. Pela nossa parte queremos ser, simplesmente, o fio condutor, a linha guia, que facilite o desenvolvimento salutar, integrado e criativo daqueles que, voluntariamente, queiram por cá passar.Uma palavra final de apreço e agradecimento aos que contribuíram para que este nosso sonho seja real: a Associação de Estudantes e o Conselho Executivo da EBSC, e a Rádio Calheta.
Faça-se rádio, abram-se horizontes!
Grande Abraço!
Nuno Maciel"


Continuações de boas novidades.

Os Tormentos do Linho da Terra







O linho é uma planta herbácea, que atinge um metro de altura e pertence à família das lináceas.
Compreende um certo número de sub espécies, associadas pelos botânicos sob o nome de Linum Usitatissimum.

Compõe-se essencialmente de uma substância fibrosa da qual se extrai a fibra têxtil para a fabricação de tecidos e de uma substância lenhosa. É produtora de sementes oleaginosas e a sua farinha é utilizada para cataplasmas de papas de linhaça, usada para fins medicinais.


História

Não se conhece a data e o local em que o homem utilizou pela 1ª vez as fibras flexíveis do linho para confeccionar tecidos, nem quando a planta começou a ser cultivada.
Os primeiros vestígios da sua utilização apareceram em habitações lacustres da Suiça que datam de há cerca de 800 anos. No Egipto foram encontrados vestígios da sua utilização em jazidas do Neolítico representados por fragmentos de tecido e por fusos, por volta de 500 a. c. Estes factos não só provam que o linho era já então cultivado e utilizado mas indicam, pela perfeição do seu fabrico, um longo desenvolvimento anterior. O linho vem também mencionado no Velho Testamento. As cortinas e o Véu do Tabernáculo e as Vestes de Arão como oficiante, eram em " linho fino retorcido".A túnica de Cristo era de linho sem costuras.
A planta aparece, posteriormente, em certas regiões da Grécia Continental - onde o linho foi igualmente um dos mais importantes têxteis.No território que veio a ser Portugal, o cultivo do linho e a sua utilização têxtil provém, dos tempos pré-históricos. Em certas jazidas da província de Almeria que remontam a 2500 a. c. , encontraram cápsulas de linhaça, e numa "sepultura", coberta por mámoa, situada numa propriedade particular junto das Caldas de Monchique, no Algarve, considerada da 1.ª fase do bronze mediterrâneo peninsular, recolheu-se um pequeno farrapo de linho (2500 a. c.).



Do Cultivo à Tecelagem

É mais conhecido o provérbio "os tormentos do linho" para significar uma vida "dolorosa" e "custosa". Isto pode significar o quão moroso é o "tratamento do linho".


O Cultivo

De uma maneira geral pode dizer-se que a planta dá-se bem em quase todos os climas. No entanto prefere os terrenos silico-argilosos, de solo profundo, de consistência média, fresco e permeável à água. Como a duração do seu ciclo vegetativo é muito curto, a planta deve absorver rapidamente os elementos minerais: Os solos frescos e ricos são-lhe altamente convenientes e nos terrenos pobres, os processos de adubação devem ser cuidadosamente aplicados.
Segundo a tradição, "deve-se semear o linho na primeira Sexta-feira de Março, para ele ser fervaço (ser grande e forte). Semeia-se na Lua Nova, pelo Entrudo, para ele ter muita febra (fibra).A linhaça (semente do linho) é guardada de um ano para o outro, ao fumo, pois assim "se conservam mais tempo e nascem melhor". Antigamente as pessoas andavam descalças. Como tal, sujeitavam-se muitas vezes a ferimentos nos pés.
Numa panela deitavam as sementes num pano e deixavam ferver: Quando estavam cozidas, a água ficava viscosa.
Para curar uma entrevação (chaga), espalhavam a linhaça sobre a nódoa negra do pé. A linhaça era utilizada também para fazer chá (era bom para os intestinos).
Colocada a semente na terra, por tradição deve-se benzer. De seguida, começa-se a misturá-la com terra a adubo, utilizando uma enxada de "garfo".Era tradição fixar uma cana na terra, com cerca de 80 centímetros. Esta ficaria na terra, como medida de referencia, até que fosse feita a colheita do linho. O linho plantado nesta altura do ano dispensa a rega. Precisará apenas de ser mondado.
Quando necessário, a rega é feita geralmente ao nascer e pôr do sol, no sistema de inundação encaminhada até ao campo através de uma rede de regos feitos na altura das sementeiras.
Em Maio, as flores azuis e frágeis surgem, para dar lugar às cápsulas que albergam sementes para o futuro cultivo.
"Entre São João e o São Pedro é a altura de apanhar o linho". A colheita das hastes deve ser feita um pouco antes de o fruto secar, a fim de que as fibras não fiquem ásperas; também não deve fazer-se cedo de mais para que não sejam demasiado fracas.
A colheita é manual, arrancada pela raiz, a fim de se aproveitar todo o comprimento dos caules, formando-se em mancheias (pequenos molhos) com a parte da semente toda para o mesmo lado.

Esta tarefa era acompanhada de cantares, que ainda hoje estão presentes na memória dos mais idosos.


Tenho o meu linho no lago
E o meu marido P'ra morrer.Má vale o meu marido morra
Que o meu linho se perder.

Se o meu linho se perder
Eu não tenho que fiar.
Se o meu marido morrer,
Eu me volto a casar.


A Ripagem

O linho é depois sujeito a uma operação que se chama ripagem com o objectivo de separar a baganha (película que envolve algumas sementes casulo do linho) do caule.
Seguidamente é posta a secar ao sol para serem extraídas as sementes. Com pancadas verticais, faz-se passar por entre os dentes do ripanço o topo das plantas. As cápsulas, bem fechadas e rijas, saltam para o chão.
As cápsulas são postas 4 a 5 dias ao sol, para amadurecerem e, desta forma saírem as sementes (linhaça), que serão guardadas num saco de pano e ao "fumo do lar", para o ano seguinte.


Curtimenta

" Depois do linho apanhado e ripado tem que ser enlagado".A curtimenta é uma das operações mais importantes. Os molhos do linho são colocados dentro de água estagnada ou corrente, por um certo período de tempo. É uma operação indispensável para se obter a separação dos elementos fibrosos dos lenhosos.
O período de tempo da curtimenta depende dos locais em que esta se realiza, variando, normalmente, entre 6 a 8 dias.
Efectuada a curtimenta, o linho é retirado da água e lavado para mover as sujidades que se acumulam. Em seguida é colocado a corar e a secar ao sol durante alguns dias. Depois de seco é atado em "maçadoiras" e levado para o seu destino.


A Maçagem

A preparação das fibras do linho para o uso têxtil consiste na separação das fibras lenhosas e das fibras têxteis. Esta operação é feita por processos diferentes conforme as regiões.
O instrumento usado neste trabalho é o maço.
Esta tarefa consiste em bater o linho com um maço de madeira para soltar as arestas, sobre uma pedra redonda.
Para tal é necessário que o linho esteja bem seco e estaladiço, por isso antes de ser maçado é exposto ao sol até ficar bem seco.
O dia de maçar o linho era quase de festa. Era escolhido um dia de sol, quente, se fosse de Leste seria melhor.
" Depois de estar maçado, faz-se uns molhinhos, arruma-se num monte, cobre-se com um cobertor e vai-se deitando água por cima durante uns dias, ou então pode ficar uma noite dentro do poço e no outro dia de manhã empilheira-se (colocar o linho amontoado) e espalha-se à noite. E se o tirar à noite fica empilheirado e só no dia seguinte é que é espalhado para enxugar".De novo o linho é amarrado em molhos pequenos, as denominadas mancheias ( com o diâmetro que caiba numa mão). Cada maçadoira deu origem a quatro mancheias. Como não pode ter qualquer humidade, antes de passar a outro tormento, o linho tem que secar muito bem. De novo a citação, para que este relato seja o mais fiel possível.


A Gramagem


Uma outra forma de maçagem do linho poderá ser por meio de grama ( que se processa após a maçagem do linho a maço). O linho antes de gramado tem que ser aquecido ao sol ou ao forno, não só por ser difícil trabalha-lo frio e mole, mas também porque dá mais desperdícios.
"Depois de ser cozido o pão, limpa-se as brasas e tapa-se o forno durante uma hora e meia.Mete-se, então o linho lá dentro. Quanto mais seco o linho ficar, melhor: fica mais áspero e descasca com mais facilidade. Tapa-se de novo o forno e vai-se tirando às mancheias, conforme for preciso para gramar". A gramadeira, cheia de pó do tempo e teias de aranha anuais, é um objecto que, aos olhos de qualquer pessoa, faz lembrar a faca de cortar bacalhau usada nas tradicionais mercearias. O que chamaríamos faca tem o nome de gramilha e tem a função de triturar as cascas do linho, as denominadas arestas. Neste sofrimento desprendem-se as primeiras fibras, as mais curtas e menos resistentes: os tomentos.


Tasquinhar

" Depois de gramar, vai a tasquinhar".A tasquinha tem por finalidade separar as fibras têxteis das palhas fragmentadas da parte lenhosa fracturada pelas operações da maçagem ou gramagem, e de outras fibras muito grosseiras. O instrumento usado nesta operação é a tasquinha (espadela).
Esta operação processa-se em cima de uma tábua de madeira e tem como objectivo retirar o resto das arestas que ainda estão ligadas às fibras que, aos poucos, se vão multiplicando em filamentos pelo ar, na cara e roupa daquela que não larga a mancheia, que agora passa a ter o nome de estriga (designação dada ao linho que, nesta fase, cabe numa mão). É esta que vai submeter-se ás fases seguintes: o sedar e o fiar.

O Sedeiro

"E como é que o linho não havia de ter medo do sedeiro ?"A última etapa de todo o processo é a assedagem que consiste na separação das fibras longas, do linho, da estopa, que são mais curtas.O sedeiro, de uma maneira geral, é constituído por uma "mesa" de madeira revestida de chapa, onde assentam dentes de aço voltados para cima. Tem a missão de seleccionar as melhores fibras e penteá-las, ou seja, ordená-las paralelamente. É composto por duas partes, uma com dentes mais largos, onde passam as fibras numa primeira fase, e outra com pregos mais juntos e fininhos. Ao passar por aqui, a estopa vai ficando para trás, chegando ao fim apenas as fibras mais compridas, finas e lisas (entrefina). Com elas se fazem os fios de espessura mais reduzida que, depois de tecidos, proporcionam o que de melhor a terra produz, em termos de têxteis vegetais.A estriga, ou seja, o conjunto de filamentos que se mantêm na mão, é depois torcida e posta de lado.


A Roca

"Deitar o linho na roca".A roca é uma vara com um bojo numa das extremidades onde se enrola a estriga (porção de linho que se põe de cada vez na roca) que se quer fiar.
A difusão da roca no mundo ocidental deu-se sobretudo a partir da antiguidade clássica. De então para cá ela assume uma grande importância, adquirindo formas variadas e ricas conforme as regiões.
Inicia-se outra fase, completamente diferente das vividas até agora, que se aprende com todos os sentidos, tal é o significado quase lendário que tem.
A partir do meio da estriga, é aberta muito suavemente. Os finíssimos filamentos estão ligados quase por magnetismo. A fiandeira dá uma breve cuspidela sobre as primeiras fibras que tocam na roca.
Com movimentos circulares, o objecto gira na mão direita. Com a esquerda, a estriga é enrolada levemente na parte mais larga da roca.
Na roca só se põe uma estriga de cada vez.
"Agora está pronto para fiar".


O Fio e a Fiação

A fiação tem as suas origens no Mesolítico.
Com a descoberta do fuso - instrumento para fiar à roca, a técnica de fiação melhorou consideravelmente.Para além do rendimento de trabalho aumentar já foi possível obter fios mais finos e regulares.
Segundo Robert Lowie (manual d' anthropologie), o fuso teria sido inventado pelos povos do mundo antigo.Carregando a roca com a estriga, a fiandeira segura-se com a mão esquerda e com a outra o fuso. Puxa as fibras do linho da estriga e enrola-as com o polegar e o indicador da mão esquerda. Com a saliva e auxílio dos dentes, humedece e estica o fio para que este fique uniforme
O fio assim confeccionado, vai sendo enrolado no fuso com o polegar e indicador da mão direita formando assim a maçaroca de fio.
O fuso tem a particularidade de ter, na parte de cima, uma ranhura em espiral de quatro centímetros, para melhor segurar o torcido.
Enquanto fia, sobre o colo caem-lhe as últimas arestas da planta.
Mas, ao fiar, sempre surgem fibras mais curtas, que vêm alterar a espessura regular do fio. Para evitar esta situação, o fio é sempre levado á boca e, com os dentes, é retirado o inoportuno capão.
Por estas razões, é um facto, o linho, quando retirado do fuso, apresenta-se húmido.
E, para fiar, há que o fazer sentada, pois o velho ditado não perdoa:

"Quem do alto fiaO fuso lhe cai
E o Cu lhe assobia." O fuso não toca no chão e se por acaso caía, repentinamente, dizia:
"ai o meu tormento." "Quem me dera ser o linhoQue vós na roca fiais
P'ra me dar tantos beijosComo vós no linho dás." Para fiar fininho, o considerado bem fiadinho, além de exigir prática, requer também bons dentes. Quanto mais torcidas as fibras ficarem, mais resistente ficara o fio.

" Depois de fiado é sarilhado."


Ensarilharo

Fio que está enrolado no fuso, vai passar por outro objecto: o sarilho que, seguindo umas voltas inalteráveis, o ordenará em meadas.


Processo de Branqueamento do Fio

O linho sofre dois tratamentos de branqueamento: o fio e em tecido.
Como já foi dito, o fio depois de fiado, é posto em meadas. Estas, antes de serem dobadas e tecidas, são objecto dum processo de branqueamento. De certa forma complexa, a operação que tem por fim liberta-lo de todas as impurezas chama-se "barrela". Em certas zonas este processo começa pela "deceiva", em que as meadas são batidas fortemente sobre a pedra do lavadouro apenas com água sem usar sabão. Uma outra forma, mais frequente na Madeira consiste em colocar as meadas num cesto de vimes - o barreleiro (o barreleiro serve, também, para escorrer a água do linho lavado, devidamente alisado e dobrado, e para o transportar até ao local, perto de casa, onde irá continuar a corar). Numa panela ferve-se água com cinza e algumas ervas (folhas velhas de couve, flor ou folha de sabugueiro, heras e muitas outras), deita-se por cima das meadas e deixa-se ficar algumas horas.Logo após este tratamento as meadas são lavadas e colocadas em varas suspensas ao sol. São depois guardadas.


A Dobagem

O fio das meadas tem de ser passado a novelos, quer se destine a urdidura da teia quer a trama do tecido.
A passagem do fio a novelos é feita através de um aparelho chamado dobadoira.


A Tecelagem

" A etapa que se segue é a da tecelagem que inclui a urdidura, colocação da teia no tear, e o tecer propriamente dito".


A Urdidura

A urdideira é um equipamento com o qual se realiza a urdidura. Permite-nos obter um determinado número de fios têxteis, todos com o mesmo comprimento.
A urdidura envolve também uma série de conhecimentos técnicos e espírito de concentração. Só para montar a teia no tear, são precisas três pessoas. O trabalho de urdir (fazer o cálculo do número de fios que o tecido terá na sua largura e de qual o comprimento) é tarefa que nem todas as mulheres sabem fazer.
Depois de urdido numa "urdideira", o fio que vai constituir a teia é montado no órgão traseiro do tear. À saída, a teia é cruzada em duas canas vieira - as encruzadeiras, seguindo para os liços (agrupados dois a dois), sendo a sua passagem alternada em cada liço: um fio da teia passa pelo liço traseiro e o outro pelo liço dianteiro.Enfiada nos liços, a teia passa pelo pente (constituído por lâminas de bambú) e por pequenos orifícios chamados puas. Finalmente, os fios da teia são presos ao órgão dianteiro. Os pedais ou "prumideiras" são fixos ao chão numa extremidade, e presos aos liços respectivos.Montada a teia, coloca-se o tempereiro para manter a teia à mesma distância nas ourelas.
Este trabalho é realizado de pé, encostada ao descanso do tear - cedoura ou banco. O algodão ou o linho da trama é na "dobadoira" e colocado num "caneleiro" para encher a "canela" que colocada na "lançadeira" . A cada passagem da trama há troca de liços (através do pedais).Estes movimentos repetem-se até concluir a tecedura.
Finalmente, faz-se o remate final.
Nas suas casas as tecedeiras possuem teares idênticos a muitos outros, felizmente ainda existentes na nossa região. São teares antigos e que foram transmitidos na família ao longo de gerações.
A tecelagem é uma operação que consiste em entrelaçar os fios de modo a formar o tecido. Os fios que entram na constituição do tecido são de duas categorias: os da urdidura e os da trama ou tapadura.

Este trabalho é efectuado através de uma máquina chamada tear. Os teares de tipo artesanal usado entre nós, apresentam pequenas variantes e são do tipo horizontal, com pedais podendo ter dois ou quatro liços.


O Tear

A população da Ponta do Pargo, vivendo essencialmente da agricultura, criou os seus próprios hábitos de trabalho, de alimentação e de vestuário muito peculiares.
Até meados deste século, grande parte dos trajes que usavam, tanto para vestir como para dormir e lides domésticas, eram tecidos no tear, instrumento útil e indispensável a toda a casa rural.
Toalhas de mãos, cesta de almoço, de mesa e do tabuleiro do pão, assim como os lençóis da camilha, eram tudo em linho ou estopas, tecido do tear.
As calças e jalecos em lã de ovelha e as camisas de linho, constituíam a vestimenta do homem, enquanto a mulher vestia saia também em lã de ovelha, tingida em vermelho, com listas e de cor natural e, por vezes, blusa de linho.
Toda a jovem prestes a casar deveria ter como dote a sua teia de linho. As cobertas e tapetes de retalhos eram também indispensáveis. Daqui se verifica a necessidade e utilidade do tear caseiro.
Dum modo geral, os teares eram simples e constituídos por homens habilidosos que utilizavam madeira de castanho, til ou pinho da terra.

Os teares eram compostos por:

Duas prumideiras (pedais)
Dois órgãos de enrolar o fio e de enrolar o tecido;
As apanhas;
Os liços;
A queixa por onde passa o fio;
O pente;
As carrilhas;
Duas pombinhas;
Duas varinhas;
A chave do tear;
Os prumos;
Dormentes.

Os liços para tecer em conta de linho ou seriguilha, eram dois, por vezes quatro, constituídos na própria freguesia. Também o pente carece de mãos especializadas. Eram encomendados também na freguesia, a mulheres que tinham paciência de os construir.
Existiam pentes para tecer linho e para tecer a lã de ovelha e retalhos.
Actualmente existem poucas tecedeiras a trabalhar na Ponta do Pargo, sendo quase todas idosas. O mesmo não acontece com o número de teares existentes na freguesia. Existem vários teares em muitas habitações antigas, geralmente colocados nas cozinhas, sendo uns fixos por parafusos com porca sextavada e outros com bases próprias, a fim de tornar possível o seu deslocamento e desmontagem.
De referir que todas as saias existentes no Grupo de Folclore da Casa do Povo da Ponta do Pargo, foram e ainda são tecidas artisticamente por tecedeiras que sentem prazer naquilo que fazem.
As camisas e blusas de linho, são também tecidas na freguesia, actualmente uma das poucas que ainda cultiva o linho, promovendo exposições, quer no Concelho, quer em outras localidades da Região Autónoma da Madeira.
Tendo como objectivo, a promoção e divulgação da Cultura do nosso Povo, a referida Casa do Povo, criou um ATELIER DE ARTESANATO ( oficina de construção de objectos etnográficos do concelho da Calheta) e um CENTRO DE ARTESANATO (espaço destinado à formação dos jovens e adultos nas áreas do linho, da lã de ovelha, dos retalhos e ainda na construção de Cestos em Palha de Trigo e folhas de Bordão de São José - objectos típicos da freguesia em vias de extinção), onde o visitante poderá ter contacto com os próprios artesãos, formando e adquirindo o seu(s) objecto(s) preferido(s).

Texto de : Jaime Heliodoro de Caíres Andrade

Campeonato Nacional Individual Iniciados


Finalizou no Sábado passado na Cidade de Vila Nova de Gaia ( Porto ) o Campeonato Nacional de Iniciados onde a A.D.C. Ponta do Pargo esteve representada ao mais alto nível pelos atletas João Pedro Alves e Emanuel Leça.
Melhor sorte teve o atleta João Alves que vençeu os dois jogos do grupo que estava inserido e, onde no mapa final perdeu por uns apertados 3 - 2.
Quanto ao Emanuel Leça esta sua presença foi muito importante para o seu desenvolvimento como jogador, visto ter jogado contra os melhores atletas a nível nacional da sua categoria.
Concluindo, foi uma participação muito positiva , onde os nossos atletas representaram com orgulho o Concelho da Calheta e a Freguesia da Ponta do Pargo.
Esta ida aos Campeonatos Nacionais só foi possível pelos apoios recebidos da Junta de Freguesia e Casa do Povo da Ponta do Pargo

quarta-feira, 15 de abril de 2009

CASA DO POVO DA PONTA DO PARGO PARTICIPOU NO DIA 12 DE MARÇO NUMA ACTIVIDADE NO MERCADO DOS LAVRADORES - FOTOS CEDIDAS PELA INSTITUIÇÃO




















Pedimos desculpa pelo atraso na publicação, mas só agora encontramos na nossa Base de Dados as fotos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

domingo, 12 de abril de 2009

JOGO DO PIÃO


Material: Um pião e uma baraça por participante; um círculo com 1,5m de raio, para onde todos os participantes lançam o seu pião, por uma ordem previamente sorteada.
Nº de participantes: Individual

Objectivos: Deitar fora do círculo, o pião lá deixado.

Desenvolvimento: O participante cujo pião ficar dentro do círculo depois do movimento de rotação, será arredado do jogo, deixando lá o pião que todos os outros elementos, um de cada vez, tentarão deitar fora do círculo, procurando picá-lo.
O que conseguir terá 50 pontos. O pião pode ser "aparado" pelo jogador que o lançou e depois de dançar na palma da mão, tenta atirar o que está no chão, para fora do círculo, fazendo com que o seu também saia. O jogo é constituído por três séries de lançamentos, vencendo o jogador com o maior número de pontos.

Nota: "Aparar o pião" - Apanhá-lo do chão enquanto ele gira, e de modo que continue a girar na mão. Sempre que se joga ao pião, pode-se "apará-lo" e lançá-lo enquanto ele gira.

Texto de : web educom

DOMINGO DE PÁSCOA

A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

A suposta última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Jesus por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.

Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pesach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o historiador inglês do século VII, Beda.

TEXTO DE : WIKIPÉDIA

sábado, 11 de abril de 2009

REVIVA A TRADIÇÃO DO PIÃO


UMA BOA PÁSCOA


ADC Ponta do Pargo - ACM Coimbra: 4 - 0

Resultados da 1ª Divisão Masculina
22ª Jornada



A.D.C. PONTA DO PARGO-A.C.M. COIMBRA :4 - 0
Zhang Yu-Paul Diaz 3-2(10-12, 10-12, 11-4, 13-11 e 11-9)
Duarte Fernandes-Gonçalo Castanheira 3-0(11-8, 11-8 e 11-6)
Vítor Gouveia-Rafael Pedra 3-1(11-7, 11-13, 11-7 e 11-9)
Vítor G./Zhang Yu-Paul Diaz/Gonçalo C. 3-0(11-9, 11-4 e 11-8)

Este encontro foi dirigido pelo árbitro madeirense Gilberto Barbosa.

Sábado Santo

O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.

Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da Confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.

Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.

Antes de 1970, os católicos romanos deviam praticar um jejum limitado: por exemplo, abstinência de carne de gado, mas consumo de quantidades limitadas de peixe, etc. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora da Mãe", sem missa.

É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.

No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.

Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.

Fonte: WIKIPÉDIA

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SEXTA-FEIRA SANTA DA PAIXÃO DO SENHOR


Na Sexta-Feira Santa celebramos a Paixão do Senhor. Celebrar a Paixão de Cristo não é celebrar simplesmente a morte de Jesus, mas sim sua morte vitoriosa! O profeta Isaias, muito antes da vinda de Cristo, já descrevia a imagem de Jesus sofredor tal como uma ovelha conduzida ao matadouro levando sobre seus ombros todos os nossos pecados. É a imagem de uma ovelha muda, mas não resignada. Jesus, nas palavras de Isaias, assume corajosamente sua entrega total, pois, mediante sua morte redentora, entrega seu amor e sua graça ao ser humano, libertando-o do pecado.

Este é o único dia em todo o Ano Litúrgico em que não se celebra a Santa Missa. O destaque é para a Palavra de Deus na profecia de Isaias, no Salmo 30 que nos mostra Jesus abandonando-se nas mãos do Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. A Carta aos Hebreus (Hb 4, 14-16; 5, 7-9) nos chama a atenção para a obediência de Cristo até a morte de cruz. Por sua obediência, Cristo torna-se o Salvador eterno para todos que têm fé e lhe obedecem.

O Evangelho deste dia é a leitura da paixão segundo João (Jo 18 e 19). O evangelista aqui destaca não apenas os sofrimentos de Jesus enquanto humano, mas sua divindade e sua glória. Ao obedecer ao Pai, a obra da salvação se realiza nele. Para João, Jesus sabe aonde quer chegar, não é apenas uma vítima muda e impotente que cai três vezes sob o peso da cruz; ele tem um sentido, uma meta, um rumo, sua atitude é soberana e nobre. Ele aceita livremente sua paixão. João quer nos mostrar que a cruz assumida por Cristo não é obra do destino, da fatalidade, ela é sim um instrumento de salvação, de redenção de toda a humanidade.

Como afirmei, não há celebração eucarística neste dia, mas há a Comunhão, comungamos das Hóstias que foram consagradas na Quinta-Feira Santa. Lembrando que estamos celebrando a morte vitoriosa de Jesus, nossa Comunhão nos une intimamente ao Cristo Ressuscitado, o mesmo Cristo que se oferece por nós em sacrifício ao Pai. Na Sexta-Feira da Paixão do Senhor celebramos a morte de Jesus na cruz como expressão máxima de seu amor pela humanidade. Sua solidariedade foi tão grande para conosco que “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”, amou-nos até as últimas consequências e deixou-nos um mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13, 34).

A expressão máxima desta celebração é o sofrimento de Jesus. Sofrimento que se solidariza com o sofrimento humano. Deus não deseja e nem quer o sofrimento de ninguém, mas há sofrimentos humanos que não se explicam, pois, entram no mistério. Quantas pessoas inocentes sofrem; quantas crianças sofrem pela falta de solidariedade, pela ganância, pelo egoísmo, pela má distribuição da renda, enfim, são seres inocentes. Por que? Encontrar explicações para o sofrimento de seres humanos inocentes torna-se difícil. Jesus ao solidarizar-se com o sofrimento humano nos mostra sua busca e vivência do amor. O amor não cria sofrimento, ele gera a vida e, Cristo quer vida e vida plena para todos.

Neste dia deve ser observado o jejum (exceto para crianças, enfermos e idosos). Em todo o Ano Litúrgico, esse é um dos dois dias em que se jejua; o outro é o da Quarta-Feira de Cinzas, quando iniciamos a Quaresma. Mas, qual o valor do jejum? Ele tem valor quando está voltado aos meus semelhantes. Deixo de comer algum alimento ou mesmo uma guloseima e destino o valor que gastaria para os mais necessitados. Ele tem valor quando faço “jejum da língua”, deixando de tecer comentários sobre os outros, principalmente quando esse comentário denigre a pessoa do outro. O valor do jejum está presente quando deixo de fazer uma refeição no dia e envio esta refeição a alguma pessoa que sei, passa fome. Fazer o jejum do não-desperdício, respeitando e usando cada coisa conforme a finalidade para a qual foi criada por Deus.

Devo buscar a “minha maneira de jejuar”, isto é, o que de fato posso fazer de concreto pelo meu irmão, o meu próximo, ajudando-o, promovendo-o, oferecendo-lhe condições de uma vida digna. Para isso, o profeta Isaias nos ajuda ensinando-nos o jejum que tem valor: “O jejum que eu quero é este: abrir as prisões injustas... partilhar teu pão com o faminto, hospedar os pobres sem teto, vestir aquele que vês nu, e não te fechares à tua própria carne”.

Enfim, celebrar a Sexta-Feira da Paixão do Senhor é assumir a cruz com Cristo. Mataram Jesus, mas Ele voltou! Ele ressuscitou! Ele venceu o mundo! Ele confirmou o que tinha dito: “Ressuscitarei no terceiro dia!” Por isso, celebrar a Paixão de Cristo é sobretudo celebrar a esperança da vida que vence a morte, é crer na ressurreição, é crer na vida nova gerada em Cristo Jesus!

Texto de: http://www.koinonialivros.com.br/
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

QUINTA-FEIRA SANTA



A Quinta-feira Santa corresponde ao último dia da Quaresma e nos introduz no Tríduo Pascal. Esse dia nos prepara finalmente para a Páscoa, iniciando a celebração pascal.
Assim como Jesus enviou seus discípulos, dando uma ordem: “Ide preparar-nos a Páscoa para comermos” (Lc 22,8), também, nesse dia, nos preparamos para a celebração da Páscoa. Devemos nos preparar espiritualmente neste dia que nos introduz no mistério pascal de Cristo.
Na Quinta-feira Santa, celebram-se duas missas: uma delas ocorre na catedral, é a conhecida missa dos santos óleos, onde se procede a bênção do óleo do batismo e dos enfermos e a consagração do óleo do crisma; é também uma missa que evoca a unidade da Igreja em torno do Bispo e do Papa. Sacerdotes de demonstração de unidade. É a Igreja, corpo de Cristo, onde Cristo é a cabeça. A outra missa ocorre nas paróquias e ordens religiosas da diocese, é a missa da Ceia do Senhor; quando Jesus, na primeira Quinta-feira Santa, instituiu a Eucaristia e também instituiu o sacerdócio. Portanto, além da celebração da Ceia do Senhor, também se dá destaque ao tema do sacerdócio, pois ambos os temas estão forte e intimamente ligados.
Na missa da manhã, missa do crisma ou dos santos óleos, que ocorre exclusivamente nas catedrais, o bispo diocesano é o presidente da celebração e também o consagrador dos óleos. Como já se mencionou acima, temos o povo de Deus reunido junto ao bispo, presbíteros, diáconos e seminaristas numa participação ativa em torno da mesa eucarística, todos juntos, numa única oração, junto do altar como sinal de unidade da Igreja. Na pessoa do bispo, cabeça da Igreja local, rodeado pelos presbíteros e representantes das ordens religiosas, temos a concelebração da Eucaristia na unidade e na fraternidade. A participação do povo de Deus nessa missa é de grande importância pois, a Igreja fica incompleta sem a presença dos leigos e leigas. Aqui também se expressa a manifestação da Igreja hierárquica. Em estreita proximidade da Páscoa do Senhor, os óleos do batismo (ou dos catecúmenos) e dos enfermos são abençoados solenemente, estes, depois serão usados nos sacramentos do Batismo e Unção dos Enfermos, respectivamente. O óleo do crisma é consagrado. A ele se adiciona uma essência perfumada, pois o cristão, pelo sacramento da Crisma, ao receber esse óleo na fronte, deve exalar o perfume de Cristo pelo seu testemunho de vida e seguimento do Evangelho. O óleo do crisma é também usado na realização do sacramento da Ordem, quando um diácono se torna padre; suas mãos são ungidas para que possam, pelo poder do Espírito Santo e imposição de suas mãos sacerdotais, transformar as espécies do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Quando um padre é escolhido para bispo, na sua sagração, novamente esse óleo do crisma será agora, derramado sobre sua cabeça, ungindo-o para o episcopado.
Como vimos, pelo uso dos santos óleos, os sacramentos citados têm intima ligação com a Páscoa. Mesmo aqueles que não usam dos óleos sagrados, também unem-se intimamente à Páscoa, à ressurreição de Cristo, pois todos, nos conduzem à promessa de ressurreição assegurada por Ele.
A segunda missa, a missa vespertina, quando Jesus na última ceia nos transmitiu o mistério da Eucaristia, também instituiu o sacerdócio cristão. Essa missa nos transmite uma verdadeira catequese sobre o sacerdócio ministerial, assim como o sacerdócio geral dos fiéis recebido pelo Batismo, pois, “Jesus Cristo fez de nós um reino de sacerdotes para Deus Pai”, é o que nos diz a antífona da entrada. Há um único sacerdócio: o de Jesus Cristo, o sacerdócio ministerial e o geral dos fiéis é participação nesse único sacerdócio de Cristo. Ele é o nosso Mediador e Sumo-Sacerdote. O profeta Isaias (Is 63,1-3.6.8-9) e o evangelista Lucas (Lc 4,16-21) referem-se a esse sacerdócio de Jesus: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque ele me ungiu”. Nesta missa há a renovação das promessas sacerdotais, pois os padres, mediante o sacramento da Ordem, participam de modo único do sacerdócio de Cristo. A eles é conferido o poder de remir os pecados, transformar pão e vinho do Corpo e Sangue do Senhor. São de modo especial, administradores dos sacramentos, mestres e pastores da Igreja. Eles são escolhidos por Deus para irem à frente do povo exercendo a caridade, alimentando-os com a Palavra de Deus e restaurando-os com os sacramentos. Por isso, devemos constantemente, orar ao Pai pelos nossos padres, pois não é fácil para eles viverem sob as exigências de sua vocação. Nossa oração e nosso apoio são, portanto, fundamentais.
A missa vespertina da Ceia do Senhor dá início ao Tríduo Pascal. Tríduo nos passa a idéia de preparação. É, portanto, a preparação para a festa da Páscoa, da Ressurreição, da vida nova! Nestes três dias mais sagrados, a partir da Quinta-feira Santa, celebramos e meditamos a crucificação, sepultamento e ressurreição de Cristo. São dias em que refletimos tanto o lado sombrio como o lado radiante do mistério salvífico de Cristo.
Jesus, na última ceia, disse aos apóstolos: “Vós vos entristecereis, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16, 20). Jesus refere-se aqui à tristeza da perda do Mestre, à tristeza de presenciar os sofrimentos impostos a Cristo durante seu julgamento e condenação à morte. O apóstolo João, aquele que Jesus amava, vivenciou de perto, junto de Maria Santíssima esse sofrimento. Uma mulher em trabalho de parto, nos expressa muito bem o sofrimento a que Jesus se refere no versículo citado: as dores do parto geram profundo sofrimento, mas depois, essas mesmas dores geram a alegria por um novo ser humano ter nascido! “Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanece apenas um simples grão; mas se morre, produz abundante colheita” (Jo 12,24).
O sofrimento em si mesmo não é bom. Mas o sofrimento, sob o ponto de vista cristão, é positivo. Cristo na cruz verdadeiramente sofreu, mas seu sofrimento não foi em vão, foi um sofrimento redentor que libertou toda a humanidade das amarras do pecado e da morte. Nosso caminhar deve ser iluminado pelos ensinamentos de Cristo e também pelos seus exemplos de caridade e fraternidade. Cristo nos ensina que a vida substituiu a morte. Que a cruz é o caminho da ressurreição.
No Tríduo Pascal, celebramos e meditamos o modelo e programa ensinado por Cristo que nós, batizados devemos seguir em nossas próprias vidas.

Texto de: http://www.koinonialivros.com.br/
Imagens de: http://www.catedraldocarmo.org.br/ e www.diesdomini.blogspot.com