segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aproximar culturalmente a cidade do campo

Exposições, conferências, sessões de cinema, teatro, música e recolha de tradições são iniciativas culturais que a Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo (ADCPP) promove ao longo do ano.

A completar dez anos de existência, a associação "teve desde início, e além do desporto, preocupações culturais e sociais", diz o presidente da instituição, Gilberto Garrido.

"Estamos a colaborar para fazer com que a população da Ponta do Pargo esteja mais perto da cidade e não tenha que viver nela para usufruir de bens culturais", acrescenta o responsável.

Essa preocupação e esse trabalho teve maior visibilidade - conforme adianta - a partir do momento em que foi inaugurado, em 2006, o Centro Cívico. As novas condições "permitiram que ficássemos mais à vontade para desenvolver um conjunto de actividades".

Uma vez por mês, a associação mostra um filme com apoio do Inatel, uma iniciativa que tem beneficiado os utentes dos dois centros de dia que existem na freguesia.

Para o dia 1 de Junho, Dia da Criança, está marcada uma sessão de cinema destinada às crianças e que contará com a presença do fotógrafo Artur Silva, cuja exposição decorre no Centro Cívico (ver texto em baixo).

A recuperação das tradições é também uma aposta da associação, nomeadamente os jogos tradicionais e o 'Cantar dos Reis'. Para Gilberto Garrido, o trabalho desenvolvido na ADCPP "é um desafio aliciante". "Sentimos que, com o nosso esforço e dedicação, estamos a construir algo importante numa freguesia rural e vemos o fruto do nosso trabalho quando temos uma sala cheia para assistir a uma peça de teatro ou a um concerto", afirma.

É com satisfação que a associação vê a população da freguesia "a visitar as exposições e a apreciar os trabalhos expostos", acrescenta o responsável. "Num meio onde a oferta não é muita, o que nós fazemos é estimado pelas pessoas. Sentem que estamos a puxar a cidade para o campo. Estamos a colaborar para que estejam mais perto da cidade. Isso é importante e algumas vezes mal entendido por quem devia ajudar e não ajuda. Mas essas dificuldades dão-nos mais entusiasmo para lutar pela nossa terra. Gilberto Garrido salienta que a ADCPP nunca quis ser um clube unicamente desportivo. "Sentimos que tem obrigação de dar à freguesia o que algumas instituições deviam dar e não dão. Vivemos na freguesia mais distante e sentimos que, às vezes, falta alguma sensibilidade para levar aos locais mais longínquos o acesso à cultura e aos bens culturais . É isso que estamos a fazer".

A associação trabalha "em consonância com a Casa do Povo, com a Junta de Freguesia e também com algum apoio da Câmara e da DRAC, que nos ajuda imenso", conclui Gilberto Garrido.

Fonte: DN

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