domingo, 18 de julho de 2010

Ponta do Pargo recebe projecto de 22 milhões

É mais um investimento de excelência que vai mudar a face da pacata freguesia da Ponta do Pargo, na Calheta. Depois de ter anunciado a construção do primeiro Hotel cinco estrelas do concelho da Calheta, com um custo previsto de 12 milhões de euros a inaugurar em Abril de 2012, a empresa Morgan Forbes - Developing Investiments, que trabalha preferencialmente com capitais de investidores, anunciou no seu sítio on-line que pretende avançar com um segundo projecto na mesma freguesia, mas no sítio do Pedregal.

O segundo investimento, intitulado 'Pearl Island', consiste na construção de 20 moradias de luxo, a um custo de venda médio de 1 milhão de euros, cada, numa área total de 17 mil e 500 metros, entretanto já adquiridos.

Stephen Murrel, um dos responsáveis pela empresa, a par com Michael Nascimento (filho de pais madeirenses), esteve esta semana na Região a estudar um terceiro investimento sobre o qual não quis falar. Contudo, acedeu falar ao DIÁRIO sobre este projecto da Ponta do Pargo. O britânico estima um investimento de 10 milhões de euros - 8,5 milhões na construção das casas e 1,5 com infra-estruturas.

Enquanto o hotel ficará situado nas imediações do campo de golfe, mais próximo do centro da freguesia da Ponta do Pargo, as 'villas' ficarão mais afastadas do centro.

PDM atrasa investimentos
Actualmente em fase de revisão, o PDM da Calheta está a considerar um conjunto de investimentos/projectos a serem implementados no concelho, entre os quais o "Ponta do Pargo Resort" e dessa forma, a dificultar, por enquanto, o avanço dos investimentos na Ponta do Pargo.

No entanto, Stephen Murrel admite conversações com o presidente da Câmara Municipal local, Manuel Baeta, no sentido de apurar a sensibilidade dos responsáveis autárquicos sobre o projecto. Inclusivamente, a apresentação do hotel contou com a presença do autarca que, garante o investidor inglês, admira o hotel.

"Medimos a sensibilidade do presidente da Câmara que reagiu com agrado aos dois projectos. Aproveitando a revisão do PDM, consultámos o município para aferir a viabilidade dos investimentos", sublinhou o investidor inglês.

Já com os terrenos onde os dois investimentos serão construídos adquiridos, Stephen Murrel, não teme que a revisão no PDM não venha a permitir os dois projectos. "São riscos calculados. Se não construirmos estes projectos poderemos, de acordo com o PDM, construir outros".

O investidor inglês sublinha que se envolveu nestes projectos com a intenção de ganhar dinheiro, já teve propostas para a venda dos dois investimentos. Não o fez porque insiste em querer deixar a sua marca na Região. "Tanto eu como o Michael, queremos deixar uma marca na Madeira".

Com o projecto das moradias bem mais atrasado do que o do Hotel, o investidor inglês estima que a licença para a construção do hotel seja emitida no final deste mês, depois, as obras poderão começar a par com as do Campo de Golfe.

Certo é que da parte da Morgan Forbes, há o interesse em dinamizar a freguesia, sem retirar a magia própria desta localidade. "Sabemos que depois do hotel e do loteamento, há a possibilidade de ali ser instalado um banco ou um supermercado que vão ajudar a modernizar a zona", terminou Stephen Murrel.

1 milhão de euros cada moradia
O segundo projecto da Morgan Forbes para a freguesia da Ponta do Pargo, no concelho da Calheta, prevê a construção de 20 moradias de luxo. A empresa anuncia desde logo o custo de cada uma dessas moradias: 1 milhão de euros. As casas serão construídas sobe o princípio da arquitectura bio-climática, com todos os cuidados que essa construção implica ao nível do conforto e poupanças energéticas.

Cada uma das 20 moradias, terá as seguintes valências: 3 grandes quartos de dormir, incluindo uma suite com WC, uma piscina, parque de estacionamento privado, ar condicionado centralizado e boca de incêndio em cada vila. Está ainda prevista a construção de uma oficina/estúdio e de um jardim circundante. Tudo junto, o projecto aponta para o custo acima indicado.

"Casas de sonho"
Susana Jesus, do atelier de arquitectura MSB - Arquitectura e Planeamento, diz que o conceito já se encontra definido, mas deverá evoluir de acordo com as pretensões dos investidores. "As casas serão construídas de acordo com as indicações dos investidores, isto porque na área que temos programada para a construção, poderá existir um investidor que queira uma área maior", explica.

A implantação dos lotes tem em média 700 metros quadrados, sendo que no extremo da urbanização, deverá existir uma casa de sonho (na foto), inserido num lote com uma área de 3500 metros quadrados. "O conceito arquitectónico das casas está próximo daquilo a que chamamos de uma casa na árvore tendo em conta a envolvência na paisagem e as características dos materiais que serão utilizados".

Fonte e Texto: DN
Foto: Morgan Forbes

Sem comentários: