sexta-feira, 9 de outubro de 2009

FRANCISCO FRANCO FOI FESTEJAR OS ANOS À PONTA DO PARGO, SUA TERRA NATAL !

Natural da Ilha da Madeira, Francisco Franco de

Sousa nasceu na Ponta do Pargo a 9 de Outubro de 1885.

Em 1893 iniciou os estudos na então Escola

Industrial António Augusto Aguiar do Funchal.

Ingressou na Escola de Belas Artes de Lisboa em

1902, iniciando o Curso Especial de Escultura em

1907. Enquanto aluno participou em exposições

anuais e nos concursos para os monumentos aos

Heróis da Guerra Peninsular e à memória de

Barahona Fernandes, obtendo menções honrosas.

Em 1910 venceu o concurso para a bolsa de

escultura do Legado Valmor, partindo nesse ano

para Paris. Aí convive com jovens artistas

portugueses, participa da intensa vida cultural da

capital francesa e viaja por França, Holanda e Bélgica.

Regressou à Ilha da Madeira em 1914 onde realiza

vários bustos, destacando-se o busto

comemorativo de João Gonçalves Zarco. Ainda a

figura tumular – Anjo Implorante –, o Torso Alusivo

ao Ataque dos Submarinos Alemães ao Funchal, e

o Busto Simbólico do Aviador.

Em 1921 regressa a Paris, iniciando uma época de

trabalho intenso, e alcançando críticas favoráveis

em diferentes exposições nos Salons de Paris.

Datam deste período obras como, Busto do Pintor

Manoel Jardim, Busto de Polaca, Torso de Mulher,

Rapariga Francesa, Adão e Eva ou o Semeador.

É em Paris que, com Dordio Gomes e Diogo de

Macedo, é planeada a Exposição 5 Independentes,

inaugurada em 1923 em Lisboa.

Em Maio de 1924 inicia com Dordio Gomes uma

longa viagem por Itália, que o influenciou

profundamente e deixará marcas na produção subsequente.

Desse mesmo ano data o contrato para a

construção do Monumento a João Gonçalves

Zarco, encomendado pela Junta Geral do Distrito

do Funchal. O monumento foi exposto pela

primeira vez em Lisboa, na Avenida da Liberdade,

a 27 de Outubro de 1928, e finalmente inaugurado

no Funchal a 28 de Maio de 1934.

Ainda nos anos 20 expôs em Nova Iorque, no Rio de Janeiro e em Boston.

Em 1931 executa a estátua do Infante D. Henrique

para a Exposição Internacional e Colonial de Paris.

Em 1933 inaugura a Dor, para o monumento

fúnebre ao Rei D. Carlos e ao príncipe D. Luís

Filipe, no Panteão Real. Dois anos depois, nas

Caldas da Rainha, é inaugurado o monumento à

Rainha D. Leonor, cujos trabalhos tiveram início

em 1926, ainda no Funchal.

Participou em importantes obras arquitectónicas do

modernismo português, nomeadamente na Igreja

de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa,

inaugurada em 1938 e na Casa da Moeda de Lisboa.

Em 1934 executa um busto de Salazar, e mais

tarde em 1937, uma estátua togada, destinada à

Exposição Universal de Paris desse ano.

Em 1940 inaugura o D. João IV de Vila Viçosa. A

partir dessa data, executa uma série de estátuas

de reis de Portugal, D. Dinis, D. João III, D. João I,

D. João II, e finalmente, em 1950, o Bispo D.

Miguel de Portugal para Lamego, sua última obra de estatuária.

Paralelamente vai realizando cabeças e bustos de

amigos e personalidades da época.

Os últimos anos da sua vida são profundamente

afectados por um desastre de viação, do qual

nunca se viria a restabelecer completamente. É

deste período a encomenda da estátua

monumental do Cristo Rei de Almada, para a qual

só fizera um esboço inicial.

Ao longo da sua vida foi-lhe reconhecido mérito e

valor, recebendo várias medalhas e o Grau de

Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada.

Faleceu na sua casa em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1955


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