Exército testa com fogo real

O Regimento de Guarnição Número 3 realizou ontem um exercício militar, na Ponta do Pargo, com recurso a fogo real.
O teste decorreu nas imediações do farol e contou com a participação de 48 militares. O exercício enquadra-se no Programa de Instrução e Treino do Encargo Operacional da Zona Militar da Madeira e envolveu duas metralhadoras anti-aéreas: uma Bitubo AA 200 mm e uma Browning M2 HB 12,7 mm. Apesar de serem de 1981, os militares garante que estes equipamentos possuem uma tecnologia relativamente actualizada. Ainda assim, foram registadas pequenas falhas enquanto decorriam ontem os disparos.
A missão de ontem foi a defesa de pontos e áreas sensíveis contra aeronaves hostis a baixa e muito baixa altitude.
Para isso, o Associação de Aeromodelismo da Madeira participou com um helicóptero telecomandado, o qual simulou uma aproximação ao terreno inimigo. Neste cenário, as metralhadoras defenderiam o território disparando fogo real. Em vez de ser contra o helicóptero telecomandado, o alvo definido foram dois conjuntos de balões.
Este exercício, que ontem culminou com os disparos reais mas que já decorria desde o dia 13, teve como finalidade «manter a operacionalidade do material e do pessoal», tal como explicou ontem, António Sá, Comandante da Bateria de Artilharia Anti-Aérea da Zona Militar da Madeira, durante o “briefing” que antecedeu os 400 disparos previstos.
As questões de segurança estiveram todas salvaguardas. Assim, além do perímetro definido e que interditou o acesso de curiosos à zona de fogo, esteve um oficial de ligação no Aeroporto da Madeira em permanente contacto com o Centro de Operações de Bateria, instalado na Ponta do Pargo, e outro oficial de ligação no navio patrulha, destacado para a zona, por forma a garantir que não estariam embarcações na área.
Além destes meios, estavam dois militares na área de disparos a vigiar o ar e o mar, complementado assim a vigilância feita a partir do aeroporto e do navio patrulha. Dentro da área de disparo havia também um conjunto de regras de segurança

Fonte: JM