domingo, 16 de agosto de 2009

Vai para o Leste da Europa? A moda agora é conhecer Zagreb.

ZAGREB, Croácia - Quem chega a Zagreb, a capital da República da Croácia, durante o verão pode ter a impressão de que seus moradores gastam a maior parte do tempo bebendo café. Em parte, isso é verdade. Uma das paixões dos croatas é sentar-se numa das centenas de cafeterias espalhadas pela cidade para discutir com amigos a política, o futebol, o futuro. Com o dia claro até por volta de 21h, o movimento vai longe. A novidade nesta cidade de 1 milhão de habitantes e ainda com ares comunistas é que já não se ouve apenas o complicado idioma croata nas mesas. Italianos, franceses, alemães, americanos e até brasileiros (que não precisam de visto para entrar no país) estão se juntando cada vez mais a essa turma. (No tour por Zagreb, mil anos de história )
Quem tem mais tempo, visita também o litoral da costa dalmática, mais ao sul do país, em cidades como Split e a histórica Dubrovnik. Além da beleza das praias, da tranqüilidade de Zagreb (os índices de criminalidade são baixíssimos), os preços são um atrativo a mais na Croácia. Um euro vale sete kunas, a moeda local. Uma refeição que custa 18 euros (R$ 50) em Roma, por exemplo, sai por 7 ou 8 euros (R$ 22) em Zagreb, incluindo a saborosa cerveja local, Ojusco. Um hotel que cobra 75 euros (R$ 205) em Milão, custa quase a metade na capital croata. ( veja mais fotos da cidade )
" Quem visitava a Itália, agora dá uma esticadinha para conhecer Zagreb, que fica a menos de duas horas de vôo de qualquer cidade italiana "



Para os turistas mais interessados em travar contato com os locais, o grande barato é se hospedar em casas de família. É fácil achar esse tipo de hospedagem. Com o fim do comunismo, muita gente optou por ganhar a vida como empresário de turismo. Na prática, isso significa alugar quartos dos antigos casarões para os turistas. Já na principal estação de trem da cidade, Glavni Kolodvor, simpáticas senhoras oferecem hospedagem aos visitantes estrangeiros que desembarcam. Se você não encontrar uma delas, vá até o escritório de turismo que funciona no local e peça ajuda. No inverno, os quartos saem por 12 euros (R$ 33). No verão, dá para encontrar um bom quarto com café da manhã por preços entre 20 (R$ 55) e 30 euros (R$ 82). E dá para pechinchar também. Se você não fala croata, não se preocupe. Assim como quase toda a população, todas elas falam um inglês compreensível. E quando não encontram a palavra certa, se arriscam no italiano. A negociação acaba virando um grande divertimento. ( Os 10 pontos imperdíveis da capital croata )

Embora todos os guias de turismo locais façam questão de enfatizar que fisicamente a Croácia é um país localizado no centro da Europa, não dá para negar os ares 'orientais' de sua capital. O ritmo das pessoas nas ruas é vagaroso, inclusive no trânsito que nada lembra o de grandes capitais como São Paulo ou Roma. Nos restaurantes, come-se devagar e não há pressa também para saborear o café. No centro, onde não circulam ônibus, os trams (uma espécie de bonde) remetem aos anos 50. Os prédios são baixos e com arquitetura do século XIX. Os jardins de Zagreb são tão bem cuidados e as ruas tão limpas que o visitante acostumado ao desleixo das grandes metrópoles tem a impressão de estar numa espécie de cenário de filme. E ainda é fácil identificar uma espécie de disciplina comunista nos seus habitantes: eles falam baixo, não jogam papel no chão e sempre dizem hvala (obrigado!) para tudo.

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