segunda-feira, 16 de junho de 2008

PONTA DO PARGO EXPECTANTE EM RELAÇÃO À VIA-EXPRESSO

A via-expresso desde a Fajã da Ovelha até à Ponta do Pargo é a “menina dos olhos” da população desta última freguesia.O presidente da Junta de Freguesia, que é quem está mais próximo dos anseios da população, também não esconde o seu entusiamo em relação às vantagens que esta infra-estrutura — neste momento em construção — trará para a zona.Em declarações ao JORNAL da MADEIRA, João Guilhermino sublinhou que estão em andamento duas infra-estruturas que se irão revelar determinantes para o desenvolvimento da freguesia, designadamente a via-expresso e o Campo de Golfe, que está projectado para a zona.

O nosso interlocutor sustenta que a freguesia da Ponta do Pargo está um pouco isolada, pelo que «estávamos mesmo a precisar de uma via de comunicação melhor». É que, acrescentou, «a estrada regional foi muito boa, mas, com o passar do tempo, já precisávamos de uma estrada destas». Aliás, apesar de ainda não haver nada previsto nesse sentido, não escondeu o desejo de que, futuramente, a via-expresso possa ter ligação ao Porto Moniz.

Posto de abastecimento é ambição

Com a chegada da via-expresso, João Guilhermino considera que seria importante que fosse criado um posto de abastecimento na freguesia ou nas imediações. É que, refere, os postos mais próximos estão situados na Calheta ou no Porto Moniz. No entender do autarca local, além do abastecimento, a infra-estrutura poderia ter outras valências, tais como montagem de pneus. Este responsável lembra que já houve um privado interessado num projecto desta natureza, mas que o projecto acabou por não avançar. Contudo, porque reconhece que ninguém quer investir sem saber que o local onde pensa fazê-lo é um garante de futura rentabilidade, refere que com a via-expresso haverá mais possibilidades de esse lucro acontecer.

Campo de Golfe trará mais visitantes e mais emprego

O futuro campo de golfe é a outra infra-estrutura onde os habitantes da Ponta do Pargo depositam grandes expectativas.O facto de, possivelmente, vir a atrair mais visitantes e investidores para a zona, será determinante para a criação de mais empregos e para uma maior fixação dos jovens na freguesia. «Poderá contribuir para que menos jovens tenham de sair da freguesia e do concelho em busca de trabalho, acabando muitas vezes por lá ficar a residir», frisou o nosso interlocutor.

Freguesia bem servida com infra-estruturas essenciais

O presidente da Junta da Ponta do Pargo diz que, de momento, e com a conclusão dos projectos em curso (via-expresso e campo de golfe), a freguesia está bem dotada em termos de infra-estruturas essenciais. João Guilhermino não deixa de tecer elogios em relação à construção do Centro Cívico, tendo em conta o facto de este ter vindo juntar todos os serviços públicos num só local, algo que se revela benéfico para a população.

Apoios para manutenção de veredas e levadas

Atendendo aos fracos recursos financeiros desta autarquia local, o responsável adianta que o que a Junta faz é proceder à limpeza e manutenção de veredas e levadas. Porque este órgão de poder local não tem mão-de-obra, os habitantes comprometem-se a proceder à recuperação das levadas, pelo que a Junta apenas tem de fornecer o material.

Ermelinda Alves, uma habitante da Ponta do Pargo, afirma que faz falta um quartel de bombeiros na freguesia. Esta moradora justifica a necessidade de criação desta infra-estrutura com o facto de aquela freguesia ser, habitualmente, muito fustigada pelos incêndios.Esta nossa interlocutora afirma que os bombeiros mais próximos estão no Arco da Calheta, e que, pelo facto de ser «muito longe», por vezes quando chegam ao local já é tarde. Mesmo assim, reconhece que com a entrada em funcionamento da via-Expresso a distância será encurtada. Aliás, da mesma forma que o presidente da Junta, também esta moradora deposita fortes expectativas tanto na via-expresso como no campo de Golfe.

Carla Jardim, outra moradora por nós contactada, também espera pelo desenvolvimento. Contudo, as suas atenções estão mais voltadas para a escola, a qual diz que «está pedindo reforma». Segundo esta nossa interlocutora, «quando chove entra água na escola», situação que, diz, se verificou aquando do temporal do passado mês de Abril, em que «as crianças tiveram de vir para casa». «É preciso que a escola tenha boas condições, para que as crianças fiquem aqui e não tenham de ir para outras escolas», sublinhou.Mesmo assim, Carla Jardim diz que o assunto já foi abordado pela Câmara Municipal da Calheta, pelo que tem esperança que o problema seja resolvido.

Fonte: JORNAL

Sem comentários: