segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Perspectivas Futuras



Gilberto Garrido entusiasmado com condições emergentes
— «Queremos desempenhar um papel na dinamização do golfe. A construção do campo na Ponta do Pargo está a entusiasmar a população e queremos colaborar para o sucesso do projecto»
Um conjunto de novos projectos e o crescimento do número de praticantes faz o Presidente da Ponta do Pargo estar optimista.
A poucas semanas de completar o seu oitavo ano de vida, a Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo pode orgulhar-se de ser a única colectividade com participação nas competições nacionais regulares, concretamente no ténis de mesa, sua principal modalidade e onde habitualmente compete também na Taça ETTU. Segundo a Demografia Federada do IDRAM de 05/06, a Ponta do Pargo é dona de cerca de uma centena dos praticantes do Concelho, o correspondente a 20% do total. Números que, segundo Gilberto Garrido, estão aquém da realidade da época transacta. «Temos cerca de 150 federados e movimentamos o dobro nas nossas actividades, uma vez que temos sete modalidades: ténis de mesa, karaté, badminton, atletismo, basquetebol, futebol (escolas) e bilhar», descriminou o Presidente da Ponta do Pargo.
Trata-se de um crescimento diversificado, uma vez que, na época anterior, a Ponta do Pargo tinha apenas duas modalidades federadas. «Iniciámos o karaté, no qual tivemos boa adesão, com cerca de 20 inscritos, e no qual voltaremos a apostar no início das aulas. No basquetebol contamos inscrever na próxima época cerca de uma centena de atletas, graças ao trabalho que o Ilídio Gonçalves está a realizar nas escolas da Ponta do Pargo, Fajã da Ovelha e Paúl do Mar, numa dinâmica que queremos manter e para o qual muito contribuiu a ABM. O atletismo surge no clube mais como um complemento físico e alternativa de prática desportiva, com participações nas provas que se realizam na Calheta, Ribeira Brava e na São Silvestre. No badminton também estamos a iniciar a actividade, para o qual contamos com um bom apoio do Prazeres e no bilhar participámos na II Divisão Regional.»
Mas é o ténis de mesa a “menina dos olhos” da Ponta do Pargo. «A época correu dentro das expectativas. Nos femininos podíamos ter ido à final, mas o terceiro lugar foi bom, nos masculinos, por razões que lamentámos e nos ultrapassaram, não fomos ao “play-off”. Para além disso, a equipa B manteve-se na II Divisão, através da qual promovemos o irmãos Nelson e Pedro Fernandes», recordou, anunciando uma aposta diferente para 07/08. «Na próxima época, pela primeira vez, os jogadores vão viver na Ponta do Pargo, ficando contratualmente acordado treinarem todos os dias com os miúdos. Será uma aposta forte na formação. Foi uma situação que muitos jogadores não aceitaram, razão pela qual tivemos de alterar profundamente as equipas. Por outro lado, esperamos contar com o apoio do IDRAM para a equipa B, caso contrário desistiremos da participação na II Divisão Nacional e na “rotação” dos mais jovens.»
Para que os jogadores das equipas principais residam na freguesia mais a oeste da Madeira, o clube vai investir em infraestruturas. «A cedência do edifício onde funcionava a Junta de Freguesia permitir-nos-á, com a realização de algumas obras, que deverão iniciar-se na próxima semana, criar dois apartamentos onde os nossos jogadores vão viver, o que representará um decréscimo de custos. Para além disso, as obras, que não terão apoio do IDRAM, serão patrocinadas por empresas nossas amigas do Concelho, casos da Somuros, ALA, José Luís Gouveia de Sousa, para além da Autarquia», revelou Garrido, adiantando que o projecto do pavilhão não foi abandonado. «Foi redimensionado, pois já não há necessidade de ser muito grande, será muito parecido ao do Prazeres, o que reduzirá para quase metade os custos. Contamos ainda este ano ver as obras terem início.»
Mas os investimentos não escondem as dificuldades. «São as inerentes a termos três equipas a competir nos nacionais, mais a actividade nos escalões de formação. Gastamos muito dinheiro em material e nos transportes. Quando jogamos nas competições europeias, por exemplo, gostamos de levar na comitiva os nossos patrocinadores, por forma a mostrar o que fazemos na divulgação do Concelho. Por outro lado, na época passada recebemos na Ponta do Pargo cerca de vinte equipas e isso é importante para a economia local.»
Gilberto Garrido garante ainda que a denominação cultural do clube não surge por acaso. «Assumimos o papel de dinamizadores do Centro Cívico, juntamente com outras instituições, como a Junta, a Casa do Povo, Autarquia, DRAC, Museu Etnográfico da Ribeira Brava, etc. Em termos culturais, estamos a atravessar o nosso melhor período e a justificar a construção daquele espaço, pois todos os meses temos um concerto, uma exposição, uma conferência e brevemente também exibiremos filmes.»

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