sexta-feira, 5 de junho de 2009

PONTA DO PARGO ENCONTRA CLIMA DE TERROR


A Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo faz hoje o primeiro de dois 'ensaios' rumo ao título nacional, num jogo com início agendado para as 17 horas, no pavilhão do Mirandela.

Pela frente tem a difícil tarefa de enfrentar o tricampeão nacional, Mirandela. E, como se não bastasse ter de medir forças diante de um conjunto de grande valia, a formação madeirense depara-se ainda com um "clima de terror" em Mirandela, concertado pelo próprio presidente da colectividade local.

A adjectivação pertence a Gilberto Garrido, presidente do clube, que diz ter sido obrigado a "mudar de cidade" para fugir a situações de pressão organizada pelos dirigentes locais.

Gilberto Garrido relata factos relativos à época passada para explicar a alteração do alojamento para outra cidade que não Mirandela. "No ano passado chegaram a colocar uma carrinha com altifalantes e a gritar bem alto o nome do Mirandela logo às 7 horas da manhã. Fazem de tudo para abalar os adversários", considerou.

Independentemente disso, a ADC Ponta do Pargo entende que recebeu bem o Mirandela na semana transacta. "Só não os tratámos bem em termos de resultado porque ganhámos", brincou Garrido.

Essa, no entanto, não foi a opinião de Isidro Borges, presidente das campeãs nacionais. "Disseram que foram mal tratados na Madeira e por isso não nos permitem treinar no pavilhão deles antes da final", revelou o presidente da ADC Ponta do Pargo.

"À luz dos regulamentos, segundo nos informaram, eles não são obrigados a nos ceder o pavilhão para treinar. Por isso temos de treinar num outro espaço pertencente a um clube amigo", constatou.

Garrido lamenta que o seu homólogo de Mirandela seja "useiro e vezeiro" em provocar este tipo de situações "menos próprias para quem anda no desporto", mas vai responder de forma diferente do que seria de esperar... "Vamos ser educados e surpreendê-los de forma positiva", explicou sem, porém, revelar o(s) trunfo(s) que tem em carteira.

"Vai espicaçar as nossas atletas"

Ciente dos obstáculos suplementares que terá de ultrapassar, Garrido confia que estes actos que considera "terroristas", no sentido de serem um atentado ao desporto, "vão servir para espicaçar as atletas que vão jogar ainda mais concentradas".

O factor psicológico, aliás, é extremamente importante para a ADC Ponta do Pargo que agradece as mensagens recebidas de diversos quadrantes sociais da Madeira, inclusive do estrangeiro.

Garrido, aliás, prometeu entregar prospectos de hotéis, da Ponta do Pargo e da Região, a todos os que assistirem ao encontro. "É mais uma forma de contribuirmos para a promoção da ilha", explicou.

Fonte: DN

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