sexta-feira, 29 de maio de 2009

Crónica - Mário Gouveia - DN

Apoiar com critérios
Data: 29-05-2009

1 - Recordo-me há uns anos. Mais precisamente em 93. Então, jornalista da RDP, fiz uma reportagem sobre os apoios ao futebol na Madeira. Ouvi dirigentes. Todos queriam mais dinheiro, para isto ou para aquilo. Queriam tanto, que quem de direito, o Presidente do Governo Regional, ao ouvir a peça, decidiu alterar os métodos. Criou o IDRAM e deixou cair o FIFPROF. Ao fim e ao cabo, mudaram as iniciais, mas o conteúdo manteve-se. A distribuição das verbas públicas continua até aos dias de hoje.

No meu entender mal! Não sou contra os apoios ao desporto, como alguns políticos e também jornalistas, de forma desonesta, defendem. Acho é que esses apoios deveriam obedecer a critérios muito claros. E desculpem os adeptos das outras modalidades, mas apenas o futebol, por ser a única verdadeiramente popular, merece apoio repartido por todos os clubes. Nas restantes, o apoio deveria ser único. Explico, no andebol, só o Madeira. No voleibol, o Câmara de Lobos, no hóquei, o Porto-santense, no ténis de mesa, o Ponta do Pargo, no atletismo, o Estreito, etc. Apoios esses para competições Nacionais. Isto não invalidaria que qualquer outra equipa praticasse estas modalidades, mas suportando os custos e ponto final. Não entendo, por exemplo, que o Marítimo e o Madeira sejam sócios do Madeira SAD e que depois tenham equipas próprias a competir no mesmo campeonato e a usufruir de apoios públicos! Há outros exemplos. O Porto Santo ganharia muito mais em termos promocionais se optasse pelo hóquei em patins, constituindo uma equipa forte, capaz de discutir títulos e deixasse o futebol para os jovens da ilha. No meu entender existem muitos desperdícios nos apoios ao desporto Madeirense, por falta de critérios.

DN

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