quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

HOMENAGEM A CÉSAR AUGUSTO PESTANA - Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009

Instituições da Ponta do Pargo invocam César Augusto Pestana, natural da freguesia.

Se fosse vivo faria 105 anos.



Rua César Augusto Pestana

O seu topónimo foi atribuído na reunião da Câmara Municipal da Calheta, em homenagem a César Augusto Pestana, nascido na freguesia a 18 de Fevereiro de 1904, falecendo no Funchal a 6 de Janeiro de 1985.

Localização: Início na Rua Doutor Vasco Augusto de França, junto à “placa”1, atravessando o Salão de Baixo, passando pela Casa Queimada e o Pico das Favas com terminus no Farol.

“Ponta do Pargo!
Que idílica paz!


Vacas Pachorrentas lavrando os campos de trigo. (...)E as águas cantam nos tornadoiros; e as levadas conduzem o sangue da terra, à terra que dá o pão com o suor do corpo.
Ao entardecer o silêncio envolve a paisagem. O sol adormece entre os pinheirais da serra... o toque da trindade repercute-se de colina em colina. O Campanário da igreja vai-se diluindo na penumbra da noite. A aldeia adormece. Só ao longe no-ár se evola acordes da viola... Gemem “braguinhas”... Por sobre a ondulação das searas prepassam loas de amôr e de saudade...”

REGISTO BIOGRÁFICO
(1904-1985) Nasceu na freguesia da Ponta do Pargo a 18 de Fevereiro de 1904, sendo filho de João Pestana e de D. Maria Rosalina de Gouveia Pestana, em t.º de Pontes de Gouveia. Casou em Lisboa em 1926 com D. Elisabeth Marie Gundersen, natural da freguesia do Marquês de Pombal, Lisboa, filha única de George Gudersen, de Bergen (Noruega) e de D. Aurora Gundersen, natural de Lisboa, de quem teve: D. Diva Maria Gundersen Pestana, diplomata com o curso da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, casada com o engenheiro Alberto David Soares Gonçalves dos Reis Júnior, c.g.; D. Elisabeth Aurora Gundersen Pestana, licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, casada com o Dr. Guilherme Poças Falcão Bicudo Correia Botelho da Costa, filho dos viscondes de Giraul, c.g.; D. Liliana Gundersen Pestana, licenciada em Farmácia; e César Augusto Gundersen Pestana, engenheiro geógrafo. César Pestana tirou o curso complementar de Letras do Liceu Jaime Moniz, do Funchal, o curso complementar do Comércio na Escola Industrial e Comercial do Funchal e foi aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que abandonou para se dedicar ao comércio.Desempenha as funções de solicitador, gerente comercial e contabilista na cidade do Funchal. Os assuntos que prefere versar no campo literário são: crítica e crónica literária. Tem colaborado no “Diário da Madeira”, 1930-1940, na “Revista Portuguesa” e na “Revista Lusitânia”, do Rio de Janeiro, na Revista “Das Artes e da História da Madeira” e em vários jornais e semanários do Funchal.Foi secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas da Madeira e da Delegação na Madeira do Sindicato Nacional da Imprensa Portuguesa (1932).Usou na imprensa os pseudónimos de Pausanias, Alcino e Augusto. Foi ele o iniciador e organizador dos Jogos Florais da Madeira. A sua formação política sempre republicana e democrata desde as bancadas do Liceu, fê-lo assumir posições oposicionistas ao regime totalitário que revolução do 25 de Abril de 1974 pôs termo. Esta inclinação política fê-lo ser vigiado pela PIDE e preso durante 21 dias.Aceitou o cargo de procurador à extinta Junta Geral e a fazer parte integrante das comissões de candidatura dos generais: Norton de Matos e Humberto Delgado.Publicou os seguintes livros: “Ao ritmo da tentação”, Funchal, 1933; “Miss Doly”, Funchal, 1930; Carta aberta ao Sr. Ministro da Educação Nacional, Funchal, 1945; “As Esquadras de Navegação Terrestre”, Aveiro, 1958 A terceira edição deste livro saiu em 1982.Exerceu o cargo de procurador à Junta Geral do Distrito (1926) e foi membro substituto da Comissão Distrital do Partido Republicano Português, na Madeira, em 1926.Dirigiu por mais de uma vez a Associação de Futebol do Funchal e o União Futebol Clube no ano da representação das ilhas à Taça de Portugal (1941).Faleceu no Funchal a 6 de Janeiro de 1985, sendo sepultado no cemitério de Nossa Senhora das Angústias, em S. Martinho, em jazigo de família. (in Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX de Luiz Peter Clode, edição Caixa Económica do Funchal,1983, p 369)

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