segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Shoppings cheios no primeiro dia de saldos

Preços desceram desde os 10% até aos 70%
VIRGÍNIA ALVES
Os saldos arrancaram oficialmente este domingo, com as montras das lojas dos centros comerciais a anunciarem a baixa de preços. Curiosos eram muitos, mas com sacos de compras nas mãos viam-se poucas pessoas.
Desde domingo que os comerciantes podem colocar os seus produtos à venda com descontos, os tradicionais saldos, cuja época de Inverno se prolonga até 28 de Fevereiro. E, apesar de ser domingo, e apenas os centros comerciais estarem abertos, a data cumpriu-se, com as lojas a anunciarem descontos entre os 10% e os 70%.
Mas nem esses anúncios atraíram muitos interessados em comprar. Os centros comerciais da Área Metropolitana do Porto estavam cheios de visitantes, mas os sacos que transportavam eram muito poucos.
Quem conhece bem o movimento destes espaços garante que se trata de um domingo normal, com "muita gente a passear, a espreitar lojas. Mas as compras não são feitas ao domingo".
Quem assim pensa é Paula Neves que uma troca de uma peça de roupa levou ao Arrábida Shoping, em Gaia, num domingo. "Não vou aproveitar os saldos porque não preciso de comprar nada e comprar só porque estão em saldos não me parece boa ideia".
Mas nem todos pensam assim e, apesar das promoções antes do Natal, há quem tenha deixado mesmo as prendas para comprar nos saldos, como Lucinda Almeida, que aproveitou o primeiro dia para fazer uma primeira selecção.
"Para já ando a dar uma volta aqui pelo Corte Inglés, a avaliar preços, mas sei que vou comprar muita coisa, até as prendas de Natal dos de casa", garantiu. Mas apesar da publicidade sobre a mudança da data oficial para o arranque dos saldos (a nova lei é de Março de 2007), ainda há quem tenha sido apanhado desprevenido e, pensando numa tarde do centro comercial a jogar bowling com o filho, acabou a fazer compras. "Pensava que os saldos fossem em Janeiro, não estava à espera, mas como os preços até estão em conta, aproveitei", contou José Soares.
Outros, como José Pinheiro, já não se espantam com nada, e ao apontarem para a enchente no centro comercial perguntam: "onde está a crise?"
De referir que a nova lei dos saldos determina que os artigos em saldo não podem ter sido alvo de promoções um mês antes.

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