Para além de sete das oito equipas serem da Madeira, assiste-se esta época ao crescimento do número de jogadoras madeirenses no escalão principal. Antes do campeonato começar, “já se sabe” que o Mirandela será campeão e o Ponta do Sol descerá.
Cirilo Borges - Desporto Madeira
Estreito e Ponta do Sol anteciparam para amanhã o jogo da primeira jornada da I Divisão Feminina, quebrando assim o hiato de competição que prometia durar um mês.
Uma boa notícia para os adeptos, que não vêem jogos dos escalões principais há três semanas.
Um pouco à semelhança da I Divisão Masculina, na Feminina assiste-se esta época ao aumento exponencial do número de jogadoras madeirenses, pelo facto de sete dos oito participantes serem da Região, mas sobretudo porque assiste-se a um claro desinvestimento na contratação de estrangeiras.
Para explicar este fenómeno estará, porventura, a aposta do penta-campeão nacional Mirandela, que esta época apresenta um quarteto de estrangeiras, Jie Schopp, Yao Tong, Anamaria Erdelji e Xie Juan, treinado por Kong Ping.
Uma equipa pensada para a Liga dos Campeões da ETTU e que não dará hipótese na luta pelo título. Mas outra explicação está também na crise financeira que afecta a generalidade dos clubes.
Ponta do Sol três
São João zero
A Ponta do Pargo volta a surgir como a formação madeirense mais ambiciosa, por via do seu trio constituído por Ana Neves, Carina Jonsson e Fu Yu, “desenhado” para chegar ao segundo lugar e garantir nova presença nas competições europeias.
Surge depois um grupo de diversas equipas de valor mais ou menos semelhante, encabeçado pelo São João, a única formação insular sem qualquer madeirense, a saber: a continental Paula Gonçalves, Olga Chramko e Natalya Prosvirnina (ex-Garachico).
Garachico, com Lin Meng Na, Ana Lúcia Silva e Mariana Gonçalves (ex-São Roque), Câmara de Lobos, com uma jogadora chinesa, cujo nome não foi possível apurar, Vânia Carvalho e Sara Costa, e ACM Madeira, com Huang Lei, Joana Gonçalves e Ana Abreu, deverão realizar campeonatos tranquilos, a espreitar a possibilidade de conseguirem apuramento para o “Play-Off”.
Restam então os dois protagonistas do derbi de amanhã, às 15 horas, no Pavilhão da Ponta do Sol. Está visto que são candidatos à manutenção, mas a formação pontassolense, só com madeirenses vindas das suas escolas — Carmen Gonçalves, Fabiana Figueira e Mónica Canha — poucas hipóteses terá de cumprir esse objectivo. O Estreito será a equipa mais ao seu alcance, mas ainda assim a brasileira Lívia Gomes, Elsa Henriques e Marisela Gomes “chegam e sobram”, por assim dizer, para garantir o triunfo.
Feitas as contas, jogarão esta época na I Divisão Feminina onze madeirenses, mais duas do que as nove que, no total, jogarão na época passada (algumas delas apenas um encontro).
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