sexta-feira, 25 de julho de 2008

GOLFE DE 'LUXO' NA PONTA DO PARGO



Dentro de sensivelmente 20 meses o campo de golfe da Ponta do Pargo estará concluído. O projecto da infra-estrutura modelar foi apresentado por Paulo Sousa, presidente da Sociedade de Desenvolvimento Ponta do Oeste ao DIÁRIO.

Com a chancela do consagrado ex-jogador da modalidade Nick Faldo, o campo de 18 buracos foi projectado para uma área total de 120 hectares e a vislumbrar pelos "layouts" [plantas] oferecerá condições ímpares aos amantes da modalidade e consequentemente serão necessários empregar entre 40 a 50 postos de trabalhos fixos.

O projecto prevê ainda uma vertente imobiliária com a construção de um aldeamento turístico permitindo o retorno do capital aplicado.

O pacote de alta qualidade previsto para a localidade mais Oeste da Região poderá não se esgotar com este "mega" investimento. Segundo Paulo Sousa, existe a forte possibilidade de ser edificado ainda um hotel de cinco estrelas. "A qualidade da infra-estrutura merece e não poderia ser de outra maneira", sublinha.

A intenção da SDPO "é proporcionar excelentes condições não só em termos de jogo mas também proporcionar aos visitantes o conforto que este tipo de mercado naturalmente pretende e exige", sublinha.

Se dúvidas houvesse quanto ao futuro do investimento idealizado há um par de anos atrás, eis que o responsável máximo pela Sociedade retira qualquer margem de dúvida: "Nunca esteve em causa e a verdade é que a abertura de concurso público foi já enviado para publicação no Diário da Republica".

Obra em duas fases

O campo de golfe da Ponta do Pargo para já tem delineado duas fases escalonadas. O arranque dos trabalhos confina-se à preparação dos terrenos e posterior sementeira da relva denominada por "cold season grass". Os trabalhos nesta fase têm um preço base inscrito no caderno de encargos de 17, 5 milhões de euros, o que não invalida que as propostas das empresas candidatas possam ser inferiores ou substancialmente superiores ao calculo da Sociedade.

Seguir-se-á tudo o que tenha a ver com construção propriamente dita, casos do "clube house", arruamentos e ainda os restantes edifícios cuja estimativa de custo não está todavia calculada.

Será precisamente na soma dos custos nesta primeira fase de arranque das obras determinante para a dimensão das restantes empreendimentos, explica o presidente da SDPO.

Ponta do Pargo não será igual

A perspectiva é que aproximadamente dentro de dois anos, a parte baixa da Ponta do Pargo possa estar completamente transfigurada. A "maximização do investimento" é uma das frases por diversas vezes proferida, acrescentando a esta, o desenvolvimento da Madeira e da Calheta enquanto destino golfe. A promoção do destino de férias no Norte da Europa, Alemanha e Inglaterra far-se-á dentro de pouco tempo numa estratégia comum com os restantes campos de golfe existentes na Região e no Porto Santo.

Aliás, o presidente a mostrar-se convicto que a política que o Governo Regional tem delineada vai beneficiar nos próximos anos a economia madeirense.

Características do campo

Tal como já referirmos terá um circuito de 18 buracos, um campo de treino ("drive-in-range"), tendo Nick Faldo idealizado igualmente mais um circuito de 9 buracos chamado "Pitch and Put", vocacionado para iniciação ou condições especiais de jogo.

A opção por um campo de 9 buracos "Pitch and Put" possibilita circuitos com a duração de cerca de uma hora e meia, um tipo de jogo que será importante para os turistas e madeirenses que queiram iniciar-se nesta modalidade desportiva.

O campo de golfe está concebido de forma que possibilite uma versatilidade de opções aos jogadores. Aos profissionais e em competição pura como o "European Tour" é desafiado 71 pancadas como o par ideal. Aos amadores a diferença é mínima. Ou seja, a parte comercial transforma-se para as 72 pancadas. Mais um atractivo capaz de levar muitos simpatizantes aproximarem-se do nível dos especialistas.

Para isso, terão pela frente a missão de ultrapassar as 10 lagoas e ainda os 7 "greens" virados para o Atlântico, um dos quais, a bola deverá passar por cima de um vale. No que toca às lagoas, Paulo Sousa, explica que "além do efeito de estética permitem o armazenamento de água para posteriormente servirem de rega do campo".

Esta prevenção no sistema de reserva está a ser feito em conjunto com os técnicos do Instituto de Gestão da Água. "Não haverá dificuldades em termos de água e a população pode ficar descansada quanto a isso. A água que será utilizada será a mesma que era utilizada para o regadio dos agricultores que nos venderam os terrenos", ressalva.

Três a quatro casas demolidas

Mas para que tudo fique em perfeitas condições há que desbloquear ainda a aquisição de três ou quatro moradias que ficam justamente no interior do circuito de jogo. Nada que apoquente o dirigente que clarifica: "Já encetamos conversações com os proprietários, estando nesta fase de negociações, mas tenho a convicção que tudo se irá resolver". Aliás, é o próprio a salientar que "tivemos de adquirir 1.400 parcelas de terra e não foi preciso que fosse utilizado o mecanismo da expropriação. As pessoas estão satisfeitas com os contratos amigáveis que foram feitos", frisou.

Entrar para a "Nick Faldo Series"

Outra novidade avançada por Paulo Sousa, é intenção do Campo de Golfe da Ponta do Pargo poder ser incluído na "Nick Faldo Series", uma espécie de campeonato interno, promovido pelo ex-jogador que tenta descobrir talentos junto dos mais jovens. "Ben Evans e Nick Dougherty foram jogadores que participaram na "Nick Faldo Series" e que hoje são jogadores do top europeu", explica o presidente da Sociedade.

Torneio de abertura

Logo após a inauguração, a SDPO vai realizar um torneio de abertura onde o próprio Nick Faldo apadrinhará o evento. "É um dos mais conceituados jogadores e que por si só arrasta inúmeros simpatizantes pela modalidade. Naturalmente contamos tê-lo na cerimónia podendo mostrar a razão reúne tanta simpatia".



Fonte: DIÁRIO

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