Lurdes Alves, subdirectora da Escola Básica com PE do 1º Ciclo da Ponta do Pargo revelou que esta experiência tinha sido profundamente enriquecedora para os alunos envolvidos.
“Quando soubemos que um dos pilotos da Base era madeirense, um dos alunos, Duarte Freitas, escreveu directamente para ele. Foi a primeira vez que a escola esteve inserida numa iniciativa do género, dizendo que, apesar de ter dado alguma ajuda, os alunos do 3º e 4º anos foram perfeitamente autónomos nos assuntos escolhidos para escrever.
A resposta personalizada
Miguel Castro foi o aluno que escolheu escrever a carta a Duarte Freitas e já recebeu a resposta, bem como muitos dos seus colegas.
Ao Jornal, confessou que os colegas que não receberam respostas da Lituânia ficaram um pouco tristes, mas ao mesmo tempo souberam que as respostas dadas aos seus colegas foram esclaredoras do dia a dia na Base Aérea e da missão em que estavam inseridos.
Na carta de resposta, Duarte referia que as pessoas, na Lituânia, eram mais altas, mais louras e de lhos azuis, sendo diferentes, por isso, na sua maioria, das pessoas da Madeira.
O piloto falava um pouco da rotina e da forma como se fazia a missão no Mar Báltico, mas nem isso fez com que quisesse ir para a mesma profissão da única pessoa que até hoje lhe escreveu uma carta. Vinda da terra do frio, onde foi bom receber notítias deste cantinho do Atlântico, que Duarte tão bem conhece e de que mata saudades de cada vez que vem visitar os pais.
Além disso, foi bom poder olhar para o quadro exposto na entrada do “estado-maior” e ver as cartas das crianças de todo o país, foi sempre uma forma de viver mais umas horas a pensar que neste lado da Europa havia quem se preocupasse com o bem estar de um grupo de portugueses que ajudava a patrulhar os céus, lá longe, onde o dia acaba às quatro da tarde e a noite arrefece o corpo, mas deixa bem quente o coração… com crianças destas.
JORNAL DA MADEIRA
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