sexta-feira, 9 de novembro de 2007

INCÊNDIO INCONTROLÁVEL ASSUSTA PONTA DO PARGO




Deolinda Afonso era o rosto visível do medo que assolou, ontem à tarde, a freguesia da Ponta do Pargo. A sua casa foi a primeira a estar em perigo e obrigou a esforço extra dos Bombeiros Voluntários da Calheta e de populares, para que se conseguisse, a meia tarde, controlar as chamas que lavravam desde a madrugada na zona alta da freguesia.De lágrimas nos olhos, a senhora de 77 anos tinha debaixo do braço um saco com os documentos, que uma vizinha foi buscar e na alma espera de que a sua humilde casa não fosse atingida. Os bombeiros chegaram a tempo de salvar a residência de Deolinda Afonso, mas o fogo esteve durante todo o dia a brincar com os 14 homens daquela corporação, passando de lombo para lombo e tendo atingido, ao fim da tarde, os sítios do Serrado, onde se julga que terá tido início, de madrugada, do Pedregal e da Ribeira da Vaca. Os homens e as mulheres temiam pelas casas e pelo sustento, com muitos a salvarem os inofensivos animais, levando-os para longe das chamas, enquanto os bombeiros tentavam controlar as chamas que alcançavam, a uma velocidade assustadora, os montes e os vales onde a feiteira seca e a carqueja pareciam vencer a força dos homens e da água. Ao cair da noite, era previsível que o vento acalmasse, pois tinha estado durante todo o dia a soprar, fortemente, de várias direcções, mas já estavam de prevenção, no local, os elementos das corporaões dos Voluntários de Câmara de Lobos e da Ribeira Brava, além de elementos da Guarda Florestal. Registe-se que, durante todo o dia dois auto-tanques, das empresas Tecnovia e AFA estiveram a ajudar os bombeiros a debelar as chamas.
Fonte: JM

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