terça-feira, 13 de novembro de 2007

CRIANÇAS DA ESCOLA DA PONTA DO PARGO ESCREVEM AOS PORTUGUESES AO SERVIÇO DA NATO


Caro piloto da Força Aérea...
Os miúdos gostaram de se envolver nesta iniciativa da Força Aérea Portuguesa e escreveram as cartas para serem entregues esta semana pelos serviços postais da Lituânia. Um momento que o Jornal vai acompanhar e que tocará, certamente, o coração de todos quantos se dedicaram a esta iniciativa que envolveu menos de dez escolas em todo o país.
“Caro piloto da Força Aérea…” foi a forma encontrada por algumas das crianças da Escola Básica da Ponta do Pargo para começar as cartas que enviaram para os pilotos que estão a fazer o policiamento dos países bálticos até meados de Dezembro. Para muitos, foi a primeira vez que escreveram uma carta e agora esperam ansiosamente o regresso do correio, lá para a próxima semana. O jornal acompanha o percurso das cartas… Duas turmas da Escola Básica do 1.º Ciclo da Ponta do Pargo escreveram cartas aos pilotos portugueses que fazem, até meados de Dezembro, o policiamento aéreo dos países do Báltico. A ideia, lançada pela Força Aérea Portuguesa e que contou desde logo com o apoio do Jornal da Madeira, era ligar, por carta, uma escola da Região, além de algumas continentais, essas escolhidas pelo “Correio da Manhã”, para que as crianças desenvolvessem o gosto pela escrita, pelo envio de cartas pelo correio e pela espera da resposta. Na semana passada, dois alunos de cada uma dessas turmas estiveram na estação da Ponta do Pargo, onde entregaram os dois envelopes com as cartas para a Base Aérea de Siauliai, na Lituânia, onde está, curiosamente, um piloto madeirense, Duarte Freitas, que teve direito a carta personalizada. Visivelmente entusiasmadas com a possibilidade de escrever a primeira carta da sua vida, sem ser num computador e conscientes de que as suas mensagens chegariam bem longe, os cerca de 30 alunos confessaram que o desafio lançado fora uma experiência única, mas agora a emoção é esperar pela volta do correio.Pagaram 2,16 euros por cada envelope expedido na estação de correios, optando por um grande envelope com todas as cartas dentro, onde se perguntava aos pilotos como era o dia-a-dia na Lituânia, apresentando a Ponta do Pargo e perguntando como eram as pessoas daquele país distante. Alguns tinham mesmo decidido, depois de ter lido a entrevista de Duarte Freitas ao Jornal, que queriam ir para a Força Aérea, abandonando projectos como “jogador de futebol” e “polícia”, mas a alegria de poder contactar com pessoas que estão tão distantes era bem visível nos rostos e todos queriam contar a sua história ao mesmo tempo. A Força Aérea prometeu que todos eles iriam ter resposta às cartas enviadas. E era esse entusiasmo que se via nos olhos das crianças, que nunca receberam uma carta na sua vida, apesar de algumas delas estarem familiarizados com o correio electrónico. Agora foi diferente e a iniciativa conseguiu envolver desde alunos a professores e encarregados de educação, entusiasmados com a experiência dos filhos.Agora, é só esperar pela “volta do correio”, que será, provavelmente, dentro de uma semana. Um momento que o Jornal vai testemunhar, acompanhando o percurso das cartas que serão esta semana entregues, na Base Aérea no norte da Lituânia, onde os pilotos da FAP estão, com temperaturas baixas e muita neve.
Fonte: JM

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