A lagoa artificial no sítio das Águas Mansas, com capacidade para 214 mil metros cúbicos de água, deverá ser inaugurada a 15 de Março. O secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais esteve, ontem, no local onde teve oportunidade de ver aquele empreendimento que representa um investimento público na ordem dos cinco milhões de euros.
De acordo com Manuel António Correia, a escolha do dia 15 de Março, um domingo à tarde, tem a ver com o facto de «permitir a participação da população mais directamente servida e outra indirectamente servida, porque esta é uma obra que consideramos fundamental para os agricultores e para as suas famílias e para a economia, em particular, dos concelhos de Santa Cruz e Machico, que são os mais directamente servidos».
Porém, tal como recordou o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, esta obra «vai também servir, indirectamente, os outros concelhos, na medida em que as disponibilidades hídricas que vão nascer aqui libertam e dispensam transferências de água que, indirectamente, vão servir toda esta zona sudeste da Madeira e parte até do norte».
Este empreendimento, tal como afirmou, «vai regularizar o abastecimento à agricultura, mas também tem potencial — e está preparado para isso — para, em articulação com a Estação de Tratamento de Água do Santo da Serra, à qual está ligada, aproveitar esta água para consumo doméstico, ou humano».
Por outro lado, acrescentou ainda Manuel António Correia, «esta lagoa está também ligada à própria lagoa do Santo da Serra, com a qual faz transferência, e, portanto, tudo isto começa a funcionar em rede e a melhorar grandemente e a concretizar uma das grandes apostas do Governo Regional em servir a agricultura com água de rega».
Esta lagoa, tal como referiu Manuel António Correia, «é a primeira de um conjunto de lagoas que nós temos definido e que vão ser sucessivamente, e em rede, concretizadas, porque entendemos que é estratégico armazenar água. Isto está relacionado também com o fenómeno que é cada vez mais verificável, que são as alterações climáticas, cujos estudos revelam que haverá chuvas, mas menos persistentes e mais concentradas. Ora, com a nossa orografia, sucede que, quando cai muita água concentrada, ela rapidamente desaparece para o mar e, portanto, o que nós estamos a fazer é criar condições de armazenamento para aproveitar essa água que aparecerá pontualmente e guardá-la do Inverno para o Verão».
Depois desta lagoa, o governante adiantou que vai ser feita uma na zona da Portela em Machico, cujos concursos da obra já estão a ser preparados. Depois, será também recuperada a lagoa do Santo da Serra, por forma a maximizar a sua capacidade de armazenamento, e, já na zona oeste, será construída uma na zona do Alecrim, no Paul da Serra, e outra na Ponta do Pargo.
Fonte: JM
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